miércoles, 29 de diciembre de 2010

CIGANA CAPOEIRA

Ao entardecer : (contos varios). Taunay, Alfredo d'Escragnolle Taunay, Visconde de, 1843-1899

CIGANINHA, pag 47
Tinha a mão leve como tudo e dava bofetadas de estalar aos que lhe beliscassem os quadris e as pernas, ainda bem finas. Musculosa e ligeira, passava então taes rasteiras, que os gaiatos e pelintrotes iam aó chão com grandes batecús e lá ficavam chiando de dór, no meio das estrepitosas vaias do rapazio. Não falassem mal da mãe, não se atrevessem a agarral-a de certo modo, ou não lhe fizessem propostas equívocas, era incontinenti uma surriada de nomes feios e cabelludos, capaz de pôr tonto qualquer soldado tarimbeiro. E por cima, muitas caretas e ademanes violentos de desafio e ameaça, com enérgicos bamboleios de capoeiragem. Sempre mal ajorcada, esfarrapada, as faces meio sujas, as unhas caireladas, cabellos desgrenhados, rebeldes, todos em caracóes e calamistrados, verdadeira gaforina, fincava neles uma flor vermelha, algum mimo de Venus, e passeava serena o orgulho da sua raça, quando não dava cabriolas caprinas ou fazia mil maluquices, na expansão dos inesperados ímpetos.

NOTA DEL PESQUISADOR: Taunay fué alumno del bachiller Gonçalves practicante de Capoeira y profesor del Colégio Pedro II que murió en las vacaciónes de 1857-58.
Memórias‎ - Página 156 Quem dirigia o tal hotel era um francês chamado Planel, antigo soldado zuavo e dono do estabelecimento, cuja ordem e disciplina se ...
Memórias‎ - Página 78 de Alfredo d'Escragnolle Taunay Taunay (Visconde de), Alfredo D'Escragnolle T Taunay, VIS, Sérgio Luiz Rodrigues Medeiros - 2005 - 588 páginas
NAS FÉRIAS de 1857 a 1858 morrera o bacharel Gonçalves de tísica ... Em todo o caso, se o bacharel Gonçalves pouco valia, soube granjear dos alunos memória ...
Festas e tradicoes populares do brasil‎ - Página 202de melo morais filho
Muitos dos comandantes de corpos e grande parte da oficialidade entendiam ... nosso lente de francês o bacharel Gonçalves, bom professor e melhor capoeira

1869- Capangos Brasileiros,

Die brasilianische Provinz Minas Geraes:

Originalkarte nach den offiziellen Aufnahmen des Civil-Ingenieurs H. G. F. Halfeld, 1836-1855, unter Benutzung älterer Vermessungen und Karten ,Friedrich Wagner, Johann Jakob von Tschudi
Perthes, 1865 - 42 páginas
(pag 26) Traducido por el pesquisador:
El Presidente Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos ha señalado acertadamente al condado de Minas (1856): "No uno, sino una serie de causas se unen para alentar entre nosotros a los criminales multiplicandose, y sólo si, a través de la legislación, que se adapte mejor a nuestras relaciones,…………. podemos lograr grandes resultados que nuestras instituciones tengan en cuenta en nuestro nuevo país para seguir la senda de la civilización, sin duda. "

En pocas palabras "las causas de asesinatos frecuentes. En primer lugar son la venganza como consecuencia de los desacuerdos políticos, de los conflictos fronterizos y la herencia, el amor o los juegos. Con frecuencia, los asesinatos de agentes de policía (Delegados y subdelegados) por individuos conocidos y de las plantantaciones por sus esclavos. Asesinatos y robos son relativamente raros. La mayoría de estos asesinatos son premeditados y de una manera cobarde ,cometidos por armas de fuego por la espalda, muchos, por sicarios (Capangos) y un número sorprendentemente grande acompañados de atrocidades horribles.
http://books.google.com/books?id=UrNBAAAAcAAJ&dq=capango&lr=&hl=es&source=gbs_navlinks_s

martes, 28 de diciembre de 2010

1680- LUSITANIA -Capoeira denominada a una Fortificación Militar,

- Luís Serrão Pimentel,na impressaõ de Antonio Craesbeeck de Mello, 1680 - 666 páginas

(pág 186) Das Capoeiras, & Cofres.
AS Capoeiras,&Cofres fao obras defensivas quasi da mefma efpecie q as Falfasbragas, com esta differenca que aquellas ficao enterradas no plano do Foffo com quasi todo feu vao; estas fobre elle. .......................Tensini faz estas Capoeiras no meyo do Foffo como mostra a letra A enterradas em feu plano subindo so dous pes por cima delle, os quaes ficao por Parapeito com fuas torneiras; indo do feu alto declinando a terra insensivelmente pella largura do Foffo femelhantemente como o Arcen da Estrada encuberta de que trattamos no fim do Cap.27.
(pág 668) Capoeiras que coufa fejao 185.
Capoeiras em que lugares, & com que medidas 180.
Capoeiras no Fosso melhores que a Falsabraga 186. permittidas nos angulos da Contrasarpa 188.

- OTRAs FUENTEs:
1)Gerardi Mercatoris Atlas sive Cosmographicae meditationes de fabrica mundi et fabricati figura. Denuò auctus,Gerardus Mercator , sumptibus & typis aeneis Henrici Hondij, 1758 - 85 páginas
Capoeira, termo de fortificaçao. Les soldats tiroient par les caponniéres , Os soliados atiravaö das capoeiras.(pag 128)
2)Hieronymi Cardosi Dictionariu[m] Latino-Lusitanicum, et ... - Página 46
Jerónimo Cardoso, Domingos Carneiro ((Lisboa)) - 1694 - 508 páginas
... Cohortalis & le. cousa de força , ou capoeira. 3)-De ruyn vid, ruyn sarmiento. N. m.; Vide rabo de puerco. Ms. Salamanca:
—ruin uid, ruin—
H. núñez, 1861: De ruyn cepa, nunca buen sarmiento.
El hijo de un pretoriano, que fue culpable en la guardia pretoriana, no puede acceder a ningún otro cargo, ya que se conjetura que es de la condición del padre (3).
(3) decohartali., ley si cohortalis, liº XIIº.

1866-NEOBELINGO- LUTA DE NEGROS AO SON DE INSTRUMENTOS

Diccionario español-portugués: el primero que se ha publicado con las voces, frases, refranes y lucuciones [!] usadas en España y Americas españolas, en el lenguaje comun antiguo y moderno; las ciencias y artes de medicina, veterinaria, quimica, mineralojia, historia natural y botanica, comercio y nautica, con algunos nombres propios, y asi las voces particulares de las provincias españolas y americanas, etc.; compuesto sobre los mejores diccionarios de las dos naciones .Manuel do Canto e Castro Mascarenhas Valdez. Imprenta nacional, 1866
NEOBERINGO. m. Neoberingo; especie de luta que os negros executam ao som de alguns instrumentos.(PAG 182)


OTRA FUENTE: Gran Sopena : diccionario ilustrado de la lengua española: Volumen 2,Alonso Zamora Vicente - 1982 - 987 páginas
NEOBERINGO. m. Especie de lucha que los negros ejecutan al compás de sus cánticos o músicas. ...
Negro y tambor:



Rubén Carámbula - 1952 - 234 páginas

Danza brasileña de procedencia bantú. Tipo de lucha brutal a puñetazos, puntapiés y cabezazos. Nombre que se le da al luchador. Posiblemente, los negros procedentes de Brasil, la trajeron al Uruguay y derivó en "La Buena", una danza en ...



Enciclopédia brasileira da diáspora africana - Página 143


Nei Lopes - 2004 - 715 páginas


BUENA, La. Dança afro-uruguaia em que os bailarinos executam, ao som de tambores, movimentos de luta, ...

lunes, 27 de diciembre de 2010

1869- Capangos Brasileiros

Une épopée au Brésil ,Ruelle-Pomponne (M.), Librairie internationale, A. Lacroix, Verboeckhoven, 1869 - 406 páginas

UNE ÉPOPÉE AU BRÉSIL. 201

Au bout d'une demi-heure de marche, Elleur arriva à une venda qu'il connaissait; avant d'entrer il examina les abords: la maison était isolée, on n'entendait aucun bruit; du reste sans être comme Vernet d'une force rare, Elleur était robuste et deux hommes de force ordinaire ne l'effrayaient pas trop, surtout au Brésil où la race humaine est en général assez dégénérée.
Il faut dire aussi à l'avantage du Brésilien que sauf le cas de boisson chez les noirs et mulâtres, il est assez pacifique et point querelleur; les blancs ou ceux qui se disent tels sont sobres et ne se risquent guère à chercher dispute à personne, autrement que de bouche. Un coup de poing ou un soufflet est chose rare au Brésil. L'individu qui croit avoir sérieusement à se venger, fait assassiner moyennant finance par quelques capangos. Pour le duel, c'est une chose inconnue.
http://books.google.es/books?id=hlcuAAAAYAAJ&dq=quilombolas+capoeiras&source=gbs_navlinks_s

viernes, 24 de diciembre de 2010

1680- LUSITANIA -Capoeira denominada a una Fortificación Militar

Nota del pesquisador: En esta época , lo que parael militar Portugués era una Fortificación (Capoeira) para los Reinos Africanos el Ngolo era una Fortificación.

Methodo lusitanico de desenhar as fortificaçoens das praças regulares, [et] irregulares, fortes de campanha, e outras obras pertencentes a architectura militar distribuido em duas partes operativa, e qualificativa ...

Luís Serrão Pimentel,na impressaõ de Antonio Craesbeeck de Mello, 1680 - 666 páginas

(pág 186) Das Capoeiras, & Cofres.


AS Capoeiras,&Cofres fao obras defensivas quasi da mefma efpecie q as Falfasbragas, com esta differenca que aquellas ficao enterradas no plano do Foffo com quasi todo feu vao; estas fobre elle. .......................Tensini faz estas Capoeiras no meyo do Foffo como mostra a letra A enterradas em feu plano subindo so dous pes por cima delle, os quaes ficao por Parapeito com fuas torneiras; indo do feu alto declinando a terra insensivelmente pella largura do Foffo femelhantemente como o Arcen da Estrada encuberta de que trattamos no fim do Cap.27.

(pág 668) Capoeiras que coufa fejao 185.
Capoeiras em que lugares, & com que medidas 180.
Capoeiras no Fosso melhores que a Falsabraga 186. permittidas nos angulos da Contrasarpa 188.
OTRA FUENTE: Gerardi Mercatoris Atlas sive Cosmographicae meditationes de fabrica mundi et fabricati figura. Denuò auctus,Gerardus Mercator , sumptibus & typis aeneis Henrici Hondij, 1758 - 85 páginas
Capoeira, termo de fortificaçao. Les soldats tiroient par les caponniéres , Os soliados atiravaö das capoeiras.(pag 128)
Otra fuente:

1864-PARIS-Se habla sobre la Capoeira como danza de combate

JOURNAL DU DIMANCHE, LITTÉRATURE — HISTOIRE — VOYAGES — MUSIQUE
5 centime nº 737 20 Novembre 1864 ,Paris 6
LE BRÉSIL TEL QU'IL EST
PAR CHARLES EXPILLT.
SUITE.(PAG 71)

Il faut les voir lorsque paraît un étranger '. Tout en grignotant leurs sucreries suspectes, elles l'appellent avec des intonations caressantes; elles lui sourient gracieusement, en lui offrant leurs fruits parfumés. D'aucunes entreprennent, à son intention, une danse indolente ou fougueuse — cachucha africaine — qui tient soit de la capoeira, danse du combat, soit de la batuca, danse amoureuse. Pittoresque et provocante, cette danse a son cachet, tout comme le menuet et la polka. Les brusques écarts, les mouvements hasardés des fringantes habitudes du ChâteauRouge et de Manille, ne présentent qu'une pâle imitation de l'exercice auquel se livrent les négresses en face de la double rangée d'arcades de la Carioca.

Est-ce que, d'aventure, le cancan, de qui Paris réclame si énergiquement la paternité, ne serait pas né dans ses murs? Les biographes de l'enfant du carnaval — je ne parle pas de PigaultLebrun — nous auraient-ils trompés, lorsqu'ils prétendent que son berceau a élé découvert, par une troupe de débardeurs et de pierrettes dans le salon rouge de feu les Vendanges de Bourgogne, entre une volaille truffée et une triple ligne de bouteilles de Champagne? Eh quoi I il se pourrait que ses parrains ne fussent pas l'illustre Chicart et la non moins célèbre Diamanlino qui lit fureur après 1830, aux bals historiques des Variétés, sous le nom de la Bayadère de Paphos? Cette danse de caractère aurail-elle enlin l'Afrique pour patrie et serait-elle venue au monde, en effet, entre les rugissements des tigres et les hurlements des hordes faisant la chaîne autour du prisonnier qu'elles vont immoler?
http://books.google.com/books?id=zukaAAAAYAAJ&dq=negres+capoeiras&hl=es&source=gbs_navlinks_s

jueves, 9 de diciembre de 2010

1935- Descripción de Lucta physica- capoeira

O selvagem, Couto de Magalhães
Companhia editoral nacional, 1935 - 611 páginas
... quando o padre Joseph de Anchieta as adoptou e introduziu nas festas religiosas. Lucta physica, capoeira — O europeu lucta com a espada, florete ou pau. O brasileiro lucta com a faca, e com a agilidade do corpo, tendo neste caso, por única arma, a cabeça e os pés, arma terrível para um bom capoeira; este modo de lutar é ................

Primer Trabajo: Trabalho preparatorio para aproveitamento do selvagem e do solo por elle occupado no Brazil: O selvagem I. Curso da lingua geral segundo Ollendorf, comprehendendo o texto original de lendas tupìs. II. Origens, costumes, região selvagem, methodo e empregar para amansal-os por intermedio das colonias militares e do interprete militar. Couto de Magalhães
Typ. da Reforma, 1876 - 481 páginas

miércoles, 8 de diciembre de 2010

1697- PALMARES- Negros de Palmares enviados a Portugal

CAPITULO 40

DAS GUERRAS DO PALMAR
21. A rústica, e rebelde Republica do Palmar teve principio no anno de mil, e seis centos e trinta e hum, tempo em que o Olandez havia conquistado estas Provincias. Os seus primeiros fundadores forão quarenta negros do Gentio de Guine, que ou levados do natural e comum dezejo da liberdade, ou apertados do rigor do captiveiro fugirão a seos senhores, levando comsigo suas mulheres, e concubinas, armas munições, e ferramentas.
22. Muito tempo viverão incógnitos, e sem mais perjuizo que a perda, que causarão a seos senhores com a sua fugida, mas fazendo-se notório por todas as partes este receptáculo de foragidos, o hião buscar outros muitos negros, e mulatos, assim captivos, como libertos, fugindo huns aos castigos de seos amos, outros aos da Justiça, que havião merecido por seos delictos.
Augmentavá o numero de seos habitadores muitos que nas sortidas, que fazião, e asaltos que davão, captivavão, e por este modo em poucos annos contarão mais de trinta mil negros divididos em varias povoaçoens, ...................captivavão innumeraveis escravos, o que sempre fazião a seu salvo, com notável estrago, e perjuizo das fazendas. ...............................................................................................................
23. ...............O segundo, que vindo infinitos arreigados em seos ritos, seytas, e mãos custumes, cuidando pouco seos senhores em doutrinallos, e afeiçoallos aos perceytos divinos, continuão suas abominações, pervertem os outros, e lhes introduzem seos erros.
O terceiro, que se enchem as Republicas desta negra provisão com perigos de alvorotos, e rebeliões, e assim como a quantidade moderada se pode tratar sem estes escrúpulos, e com notáveis utilidades comuns a escravos, e senhores, o excesso he muy occasionado a qualquer desconcerto. Não porque se deva temer que os escravos se levantem com a Republica /que em corações viz, não cabem pençamentos reaes/ senão porque o amor da liberdade, he natural, e a troco de conseguilla, se podem ajuntar a debelalla, como com effeito fizeráo esses negros do Palmar.
24. Os Escravos dos Setios tomando as armas contra seos senhores, bastou para os sugeitar, que sahissem a elles cada hum com hum açoute na mão, para que vendo-os os Escravos lhe cahissem os braços e as armas, e impelidos do animo cervil se derão logo a partido, e contentes de haverem conseguido o perdão do castigo, seguio cada hum seo senhor, desfazendo-se em hum instante a cervil rebelião. De outro modo succedeo com os negros do Palmar. ................25. Como o fundamento, conservação, e augmento das Republicas consiste nas leys, e Justiça, formarão a sua Republica ao seu modo bem ordenada. O seu Principe com o nome de Zombi /que no seu idioma quer dizer Diabo/ era feito por eleição, e por toda vida, tinháo acesso a ella os negros, mulatos, e mystiços de mais recto procedimento, de maior valor, e esperiencia. Tinhão outros Magistrados de Justiça, e milicia. Castigavão com pena de morte o homicídio, o adultério, e o roubo. Os Escravos, que por sua vontade os buscavão, recebiáo com agrado, e ficavão livres ; os que tomavâo por força fica» vão captivos, e podião ser vendidos ; se estes intentavão fugir lhes, erão castigados com moderação, e aquelles com pena capital. Conservavão o rito catholico, que entre nos profeçarâo, mas a falta dos sacramentos, e Ministros da Igreja, que elles não buscavão pela sua rebelião, e pela liberdade dos custumes, em que vivião, lhes havia introduzido ridículas superstiçoens, e erros, culpa mais da sua ignorância, que dá sua maldade.
26. Muito padecião os moradores com os seos continuos assaltos.  .................. Encarecido o numero da gente, os valerosos guerreiros com que se achavão, a destreza, com que sabião jugar todas as armas, a fortíssima muralha da sua circunvalação, a abundância dos mantimentos, que colhião, com o que podião resistir ao mais largo assedio, e frustrar o impulso das nossas armas; Quase perdida a esperança de os expugnar, o que só obravão os Governadores, era impor penas aos moradores que os communicassem, e pôr em certos sitios algúas instancias com gente que lhes impedisse o transito para nossas povoaçoens; ...................................... E como esta vão sempre a mira no que obrávamos, para ou se recatarem, ou adiantarem suas crueldades, nos tinhão causado concideraveis perjuizos, passando ja a asombrar o temor ate onde não chegavão as suas armas.
27. Passou o atrevimento dos negros a crescer avultado de sorte, que já o temor tinha despovoado de todo aquelles sitios, que ficavão mais vezinhos a suas instancias, e alguns moradores para se conservarem em suas cazas, e fazendas se vião obrigados, a ter com elles secreta confederação, dando lhes armas, pólvora, balas, e roupas, sem attenção as gravíssimas penas, em que encorrião, e com que alguns forãm punidos. Em virtude do trato occulto ficavão seguras suas cazas, e escravos.
28. A calamidade, que padecia Pernambuco com esta oppressáo do Palmar, vião, e não podião remediar os Governadores. ...................................... O Governador Caetano de Mello, e Castro, ouvidas as queixas dos moradores, tendo por maior injuria sofrer desprezos de negros levantados, do que empenhar-se, em huma empreza tão arriscada, escreveo ao Governador, e Capitão Geral D. João de Lancastro, dando-lhe conta da sua determinação, e pedindo-lhe ordenasse ao Mestre de campo Domingos Jorge, natural da cidade de S. Paulo, que com o seu Terço, que residia no certão do Piancho, marchasse para o Porto Calvo, onde se havia ajuntar com o Exercito da gente de Olinda, e Reciffe. Approvou D. João de Alencastro a resolução, e ordenou ao Mestre de campo Paulista que com a maior brevidade caminhasse a se encorporar com a nossa gente. E como os Paulistas são homens, que fáceis seguem a guerra pela honrra da victoria despresando o enteresse dos despojos, caminharão apressados a esta empreza, em que nos forão iguaes no trabalho, na gloria companheiros.
29. Do lugar da sua estancia forão atravessando com hum corpo de mil homens o Urubâ, e querendo de caminho, dar vista aos Palmares para examinar as forças do Inimigo, arribarão aos Garanhús defronte da Fortificação. Depois de discorrerem, crusadas todas as estradas, que cortavão a campanha, que acharão tão fértil, e amena, como salutifera, pela pureza dos ares, aguas e batimentos; descobrirão troncos de desmedida grandeza e copia de madeyras de preço, ..............., sahio da Fortificação dos negros, hum grande esquadrão delles, e acometterão aos Paulistas com estranho furor e raiva. Os Paulistas ainda que descuidados no perigo como erão no valor soldados, na resolução promptos, sem perderem acordo no repente tomadas as armas se opposerão aquella multidão tumultuaria ; travou-se húa renhida batalha, em que morrerão de ambas as partes mais de quatrocentas pessoas, ficando feridas outras tantas, e seria maior o estrago dos Paulistas se reconhecendo desigual o seu partido, se não forão com valor, e disciplina retirando para o Porto Calvo, onde acharão o exercito, que o Governador tinha enviado aquella villa.
30. Constava de três mil homens de Olinda, e Recife, mil e quinhentos das villas das Alagoas, e Penedo de baixo da conducta do Sargento mor Sebastião Dias ; as ordenanças, e pessoas principaes do Porto Calvo, conduzidos pelo Alcayde mor Christovão Lins de Vasconcellos, o Capitão mor Rodrigo de Barros Pimentel, o Coronel da Nobreza Christovão da Rocha Barbosa, e com outras muitas pessoas principaes, que voluntariamente quizerão ir naquella expedição, chegou o exercito a seis mil homens. De todo Exercito era Cabo com o posto de Capitão mor Bernardo Vieira de Mello, natural de Pernambuco, que do seu Engenho das Pindobas condusindo muita gente armada se viera ofrerecer ao Governador para aquella conquista. Era homem nobre valeroso, e esperimentado na guerra dos negros, que em algúas occasioens havia reprimido o seu orgulho, e castigado as suas insolências.
31. Postos os nossos em armas marcharão formados em demanda do Palmar, para onde caminharão fiados mais no valor, que no poder, ajuizando que os negros medirião nossas forças, pelo nosso atrevimento. Seguião a jornada com batedores diante, que descoberta a marcha descobrião as estradas, por fazellas suspeitosas os espessos arvoredos, eseguravão os passos das emboscadas, artificio Marcial, em que estribava a maior parte da disciplina daquelles negros. ........................... Com a primeira noticia, que ti verão da nossa expedição tinhão abandonado os Mocambos /este nome dão as suas Aldeãs/ e recolhido dentro da circunvalação da sua muralha a maior parte da sua gente, para que unido o seu poder, podessem triunfar do nosso, estando elles na posse de não serem na sua fortificação acomettidos.
32. Chegou o nosso Exercito ao Palmar /nome que se lhe deo pelas muitas Palmeiras, que lhes plantarão os negros/ e virão que comprehendia mais de húa legoa em circuito esta sua principal Povoação cuja muralha era húa estacada de duas ordens de páos altos, lavrados em quatro faces. ............. Por varias partes daquella circunferência havia baluartes da própria fabrica, e fortaleza, O Paço do seu Zombi, era toscamente sumptuoso, as cazas dos particulares ao seu modo magnificas, e recolhião mais de vinte mil pessoas de ambos os sexos. Usavão de armas de todos os géneros, assim de fogo, como de espadas, alfanges, frechas, dardos, e outras arrojadiças. ..................Outras povoaçoens mais pequenas estavâo extendidas pelas dilatadas terras de seu domínio, em que assestião muitos cazaes, defendidos dos seos mais fieis, e veteranos soldados.
33. O Capitão mor, que dezejava de húa vez acabar aquella guerra vendo que a fortuna lhe tinha juntos os inimigos mais esforçados, e que a mesma facilidade, que os unia, os podia separar, resolveo atacallos dentro em seos mesmos alojamentos........................... começou fortemente por hum ataque geral, que no mesmo tempo se fez por todas as partes. Arrimadas as escadas /que levaváo prevenidas/ a muralha derão hum destemido assalto com a espada na mão, mas como o numero dos inimigos que se defendiâo com desesperação era grande, e refrescado continuamente, depois de hum porfiado combate forão os assaltantes rechaçados em todas as partes, e obrigados a retirasse com algua perda, que lhes causarão as armas de fogo, frechas, aguas fervendo, e brazas acezas, lançadas pela estacada.
34. Continuarão os assaltos com maior vigor, resolução, e fereza, e os sitiados não perdião o animo, ......... O seu Príncipe Zumbi com os mais esforçados guerreiros querendo obviar o ficarem captivos da nossa gente, correrão a toda preça a tomar a eminência, que havia na circunvalação, cuja valentia ainda que misturada de hum furor brutal, mostrou a todo nosso Exercito hum espectáculo, que não pode deichar de se ouvir com espanto pois sobidos ao mais elevado cume, com desesperado valor se despenharão, mostrando não amar a vida na escravidão, nem querer perdella aos nossos golpes. Os nossos ainda que ja cançados do trabalho se avançarão a encontrar hum esquadrão dos inimigos, que nos acomettia desesperado, aonde o estrago igualou ao valor, com que nos esperarão firmes, sustentando por largo espasso a peleja com esforço, ou natural, ou adquerido nos affectos do ódio, ou no receyo do castigo ..................Destruído este corpo todos os mais correrão em hua desordenada confusão pelas ruas a ganhar as suas cazas, levando sempre pelas costas aos victoriosos, que cortando, e matando tudo, o que encontraváo, fizerão hum grande estrago. Todos os que ficarão vivos vendo que a resistência era inútil, o fugir impossível, resolverão entregar-se. Com hum grande numero de mulheres, e crianças em prantos inconçolaveis, e clamores excessivos se renderão, implorando humildes a clemência dos vencedores.
35. Senhoreada inteiramente a Povoação acharão nella os nossos, muitos arcos, e aljavas guarnecidos de setas, muitas armas de fogo tratadas com grande asseyo, e outros instrumentos Marciaes. Destruído o inimigo com tão pezado golpe voltarão os nossos mais carregados de honra que de despojos. Chegados ao Reciffe forão recebidos do Governador com demonstraçoens de agrado não vulgar; do Povo levados como em triunfo, aplauso que huns celebrarão como intereçados na vingança, outros pelo credito das nossas armas, e todos pelas conveniências da paz. Com húa procissão solemne de acção de graças, se derão a Deos as graças como a Senhor dos Exércitos e das victorias.
36. Forão trazidos para o Reciffe os negros onde entrarão a reprezentar na sua desgraça o nosso triunfo. Todos os que erão capazes de fugir, ou dé se rebellar os transportarão para as outras Províncias do Brazil, e alguns se remeterão a Portugal. As mulheres, e crianças, em quem não cabia a suspeita, ficarão em Pernambuco, chegando a todos o merecido castigo da sua rebellião, passando de hua vida liberta, a arrastrar nas misérias de captivos, as cadeas de escravo.
37. Este fim tão útil, como glorioso teve a guerra, que fizemos aos negros do Palmar. ....... Deveo-se agora ao zelo, com que Caetano de Mello de Castro, governava estas Províncias, ficarem em paz muitas legoas daquelle certão, que os negros occupavâo. .............. Por este, e outros relevantes procedimentos, sahio deste e de outros governos com tantos créditos, que lhe grangearáo o superior lugar de Vice Rey da índia.
FUENTE:
Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro (1876), Author: Biblioteca Nacional (Brazil), Subject: Biblioteca Nacional (Brazil); Manuscripts, Publisher: Rio de Janeiro : Tip. G. Leuzinger & Filhos, Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT, Language: Portuguese, Digitizing sponsor: Google, Book from the collections of: University of Michigan, Collection: americana

domingo, 5 de diciembre de 2010

1748- El arte de PERNEAR

Governo do mundo em seco, palavras embrulhadas em papeis: ou, Escritorio da razam, exposto no progresso de hum dialogo, em que saõ interlocutores hum letrado, o seu escrevente, e as mais pessoas que se propuzera, Manuel José de PaivaLetrado. Ouvi dizer, que o dançar fe introduzio com arte, para que até o parecer beíla fe aprende nefte mundo: que mandaó as fuas regras fe mova milagrofamente o corpo com ar, (como que he fomente ifto permittido agente como a toma do alemo que as perhas fe hao de dancar com graça , para o que prepara os homens como aos cavallos, que lancaó os pes com galantaria: que hade agente dar muitos paísos y fem fahir de hum lugar, a modo de muía de atafona que ha de variar, de forma que ñas raudanças dos pés, ora pareça cabra, que faltando faz as fuas cabriollas , ora caranguejo, que andando para traz faz a fuá paílagem, em fim, que nao hao de andar como anda a mais gente, queî he o que bafta, para aprender a nao anda , como agente quem aprende a dançar......................
F.L. Ameno, 1748 - 309 páginas





Dama: pareceolhes efta dança coufa de brutos como briga de gallos, que ora recuaö , era inveftem, até que de eftimulados bufcaó о poleiro por alivio; e poriflo mandaraó vir de fora a que agora coftumaó , com que por linha tranfverfal he a Dama bufcada do Galan, como por huns roderos de "fore ut" , que Ihe fazem andar com a cabeça á roda , até que fe ajuíhó as pa..........................

Letrado. Ainda affiin, efla dança dos minuetes fempre he muito perigofa; porque fehumapefloa. nao vay por leus paffos contados, e lhe efcapa - hum pé,arrifca-fe acahir num erro, e fe ancla oomo manda a regra , em muitos. Eu vi os días passados, em certa cafa , dançar hum eftranjero que fó por hum pullo que deu , levou mais vi...vas, e mais abraços dos ............. , do que , levou ainda nenhum Géneral por confeguir huma vitoria de conisideracaö í preguntando eu a hum-fujeito , que eftava ao pé de mim, que acaó tinha obrado aquelle varaó infigne, que aflim lhe chamavaó, para merecer tamanho applaufo? me diu elle , que fizera huma cabriolla .................

Soldado. Hide contar iflto aos que gaftaô muito boas moedas neife eftudo. Mais de hum anno fey quem andou aprendendo a lançar os bracos com ar....................

Soldado. Em a mioha mocidade tive efta tentaçao, .............depois deja meter fuccedido, por huma cabriolla que fiz, cahirme de huma parteleira huma figura de pedra na cabeça, de que levey tres pontos; .....................

Letrado. Amigo, tratemos de por cobro nifto, porque os dançantes pareceme que nos bailaó; e fe for produzindo muito efta raça, temo que qualquer, por mais leve que feja, fará o cafo mais pezado , entrando por noflas cafas, pé ante pé, e faltando-nos ñas ancas; porque efta picarla enfina a montar embeftas humanas; ecüidaó elles que toda a peffoa , á vifta de fuas habilidades , eftá como befta , pela inveja que teui de dar tao bons coùces. ..........................

Soldado. Pois ponhamos huma ley no nóflo governo , para quedaquiem diante, quem quizer aprender a pernear, vá ao Carrafeo que o enfine, poique o faz mais barato ^e efíes eftrangeiros, que trouxeraó o ar pefiifero, que deu nas pernas dos nonos nacionaes, aprendaó as mefmas cabriollas.............
http://books.google.com/books?id=BiEBAAAAMAAJ&hl=es&source=gbs_navlinks_s

viernes, 3 de diciembre de 2010

1668-KONGO- De Pernambuco Michelangelo Guattini envía simientes

A natureza africana na obra de Giovanni António Cavazzi


- Um discurso sobre o homem, Carlos Almeida, Instituto de Investigação Científica Tropical.
É conhecido, no caso da região em apreço, o exemplo de Michelangelo Guattini, um missionário capuchinho que chegou ao Kongo em 1668, e que manteve relações com o botânico bolonhês Giacomo Zanoni. No decurso da sua viagem para o Kongo, Guattini enviou de Pernambuco, no Brasil, um baú que, entre várias “curiosità”, continha amostras da flora americana escolhidas com a preocupação de incluir “solo quali mi ha parso non aver mai veduto in Italia”, e dirigidas a Zanoni. Com estes e outros fornecimentos de plantas e sementes provenientes de África e também do Oriente, o botânico bolonhês estaria, à época, a preparar o seu segundo livro, tarefa para a qual Guattini lhe endereçou, na mesma ocasião, os melhores auspícios4. Todavia, entre todas as obras produzidas pelos missionários capuchinhos sobre a missão no reino do Kongo, avulta, sem dúvida, a Istorica descrizione de’ tre’ Regni Congo, Matamba, et Angola..., da autoria de Giovanni Antonio Cavazzi da Montecuccolo (gravura), editada, pela primeira vez, em Bolonha, em 1687 5. A sua rápida difusão, as edições subsequentes e a sua tradução para outras línguas, são testemunho, não apenas da receptividade da obra, mas sobretudo, da perenidade do conhecimento nela reunido 6.
http://cvc.instituto-camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/carlos_almeide.pdf

viernes, 26 de noviembre de 2010

1820-1890-FRANCIA método gimnástico de AMORÓS (Savate)

O panorama: jornal litterario e instructivo de Sociedade Propagadora dos Conhecimientos Uteis, Volúmenes 1-2, Sociedade Propagadora dos Conhecimientos Uteis (Lisbon, Portugal), Na Typ. da Sociedade, 1837

DA GYMNASTICA.(pag118)
E A gymnastica a arte de exercitar o corpo para lhe augmentar a robustez e a agilidade. Por vezes temoa visto nomeio de nós estrangeiros, que vem com a habilidade, que pelo uso desta arte adquiriram, ostentar forças e destreza prodigiosas [1].....................................Porém em 1819 — Mr. Amoros, persuadido da utilidade destes exercícios, fundou em Paris um estabelecimento, destinado a desinvolver as forças physicas c a agilidade dos mancebos que se quizessem dedicar a esta arte, do qual já tem saído muitos discipulos hábeis. Uma igual eschola estabelecida no nosso paiz seria como um modelo para se irem successivamente rareando estabelecimentos da mesma espécie, com que só se pôde completar uma boa educação physica popular. Sabemos com algum fundamento, que se procura fundar em Lisboa um gymnasio normal, civil e militar, para cuja direcção foi chamado um hábil discípulo do coronel Amoros. Esperámos ver realisada esta empreza, que tem por alvo crear professores desta arte, por onde será fácil vulgarisa-la dentro em pouco tempo..........................O medice Tissot deu á luz em 1780 uma obra com o titulo de Gymnastica medica, na qual assentou as regras e modo que se deve ter nos jogos e mais exercícios corporaes, que ainda hoje se usam, e de que se pôde tirar proveito, como o jogo do bilhar, da pélla e do volante, o caçar, o nadar, o jogar a espada, o dançar, e tudo o mais que promove a agilidade, e vigora as forças do corpo.
Estes exercicios são principalmente úteis á gente das cidades : porque á do campo sobram trabalhos que a endureçam, e que a tornem rija e a habituem ás faltas de commodos, e até ás asperezas.
(1) Veja o IM.° antecedente.
http://books.google.es/books?id=xHE-AAAAYAAJ&source=gbs_navlinks_s

jueves, 25 de noviembre de 2010

1421- Término "Capuera" en la España italiana

(pag 417)- Seguono i nomi dei luoghi, dei quali «i trova notato nei monumenti appartenenti al tempo del governo spagnuolo il già seguito spopolamento: 1358 (registro sovrannotato delle ville della Gallura, volume F), si notano per incidenza come spopolate già nella Fluminargia , Taunes, Arspella , Occau. - 1374 (concessione fatta dal governatore di Cagliari a Giordano de Tola ) , nella curntoria di Decimo , Itzu. - 1421 (dipl. del re. D. Alfonso a favore di Riambalto de Corbaria, delto registro F ), nella regione detta Montagna nella GalJura, Silionis, Carciana (Garsiana del Fara), Oragianà (Aagnana del Fara ), Grastiuscrodu ( forse il Crasmisadi del Fara ), Corruare.( Grarraris del Fara )^. Ortumurcadu ( Ortujuuratu del Fara), Capichere (Capuera del Fara), …………
GRIFO: Storia di Sardegna, 2, Giuseppe Manno, Alliana e Paravia, 1826
http://books.google.es/books?id=3K66IhKn0IEC&dq=capuera&source=gbs_navlinks_s

viernes, 19 de noviembre de 2010

1538- Brasil , primeiros batuques de negros (prohibidos en Portugal)

O Batuque: das raízes afro-indígenas à Música Popular Brasileira. Dra. Nícia Ribas D’ÁVILAA chegada dos escravos no Brasil



Uma lei de D. Manuel proibia o batuque em Portugal quinhentista. De conformidade com A. Lima Carneiro (1964, p.16) havia no norte de Portugal, na época, uma dança e canto com o nome de Batuque.“A moda do Batuquinho /Quem n’havia d’inventar? / Bate, bate, Batuquinho / Se tu queres .../Quem n’havia d’inventar?”
Os batuques certamente explodiram concomitantemente no Brasil inteiro com a chegada dos escravos para as nossas lavouras, tendo a mais pluralizada amalgamação rítmica. . No pensar de Nina Rodrigues (1977, p. 13-14), remontam à colonização. Porém, sendo a cidade de São Vicente a “Cellula Mater” da nacionalidade brasileira, esta foi a responsável pelos primeiros batuques na calada da noite que surgiram neste país na metade do século XVI.
Duzentos negros escravos entraram clandestinamente no Brasil em 1538, porém somente se estabeleceram oficialmente a partir do decreto de 20 /03/ 1549, assinado por D. João III de Portugal. Em 1538, no Engenho Santo Antônio dos Erasmos, na cidade de São V icente, surgiram os primeiros batuques de negros escravos que, clandestinamente, vieram trabalhar no plantio de cana de açúcar, conforme D’Ávila (1987). No entanto, somente a partir do século XVIII, as influências das culturas tanto negra quanto negro-indígena fizeram-se remarcar na manifestação de ritmos tais como lundu, cabula, ijexá, congo de ouro, barravento, umbanda e samba de caboclo, com algumas contribuições indígenas no instrumental, nas vestes, nos gestos e posturas, originando todas as formas rítmicas da Música Popular Brasileira dos nossos dias. Tendo o Lundu nascido das palmas do candomblé, a transformação profunda do caráter sagrado para o profano deu-se em fins do século XIX.
Conforme observou Debret (MDCCCXXXV, p.75), participante da Missão Artística Francesa em 1816, os negros no Rio de Janeiro dançavam em círculo e tocavam sobre tudo aquilo que pudesse representar um instrumento de percussão: palmas das mãos, pedaços de ferro, cacos de louça. “O ritmo era marcado por dois tempos precipitados e um lento”.
fuente: http://www2.metodista.br/unesco/1_Celacom%202009/arquivos/Trabalhos/Nicia_Batuque.pdf

martes, 3 de agosto de 2010

Relatório do Chefe de Polícia da Corte, 1880 – 1881.

“Esta outra chaga de nossa sociedade, tão bem estudada e descrita por meus dignos e ilustres antecessores, não tem melhorado de feição nem de caráter.

Grande é o numero de menores que, órfãos ou abandonados por seus próprios pais, vagam pelas ruas da cidade entregues á ociosidade e á vadiação.
Esses menores, sem educação, sem ocupação e sem trabalho, ou vão engrossar as maltas dos capoeiras, ou tornam-se auxiliares dos vagabundos, que os aproveitam para as suas excursões criminosas.
Entre eles avultam os estrangeiros, principalmente portugueses e italianos que, aparentando viverem da industria de vender GAZETAS, engraxar botas ou tocar instrumentos de musica, dão-se na realidade á pratica de pequenos delitos e de atos imorais.
No propósito de beneficiar a esses jovens desgarrados com a expectativa de melhor futuro, tem a policia os mandado apresentar aos juizes de órfãos, que por sua vez os têm empregado a alguns de nossos fazendeiros do interior, para os empregar na lavoura. Esta medida, sugerida pela falta de estabelecimentos apropriados,
colônias agrícolas, onde pudessem ser admitidos tais menores, era a única providencia que em nossas circunstancias atuais poderia ser tomada...”19.
19 Relatório do Chefe de Polícia da Corte, 1880 – 1881.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp000052.pdf

domingo, 1 de agosto de 2010

1823-PORTUGAL - Gimnasia de Luchas en la instrucción pública


FUENTE: ALBUQUERQUE, Luís da Silva Mousinho de, 1792-1846

Ideas sobre o estabelecimento da instrucção publica.... - Paris : Impresso por A. Borée, 1823
http://purl.pt/6412/1/P39.html

sábado, 17 de julio de 2010

Gingado Malandro

Revista SEMEAR 6

MASCULINIDADE E MODERNIDADE EM EÇA DE QUEIRÓS
José Carlos Barcellos - UFF
...............................Nas décadas de 30 e 40, os sambas narram segmentos de cotidiano nos morros e nas novas favelas que foram surgindo, referindo-se muitas vezes a tipos sociais como o malandro, o valente, o malfeitor. O teatro de revista, desde a última década do século passado, os esquetes humorísticos do rádio e, posteriormente, nos anos 50, da televisão, as crônicas dos jornais populares, a novela, enfim, a mais variada produção cultural fixou, entre os anos 20 e os 50, alguns desses tipos que constituíram essa tradição. Encontra-se lá toda uma narrativa que ainda hoje "faz sentido", é "familiar" e que até ultrapassou os limites da tradição da cidade para se incorporar ao vocabulário brasileiro. A figura do "malandro" é, de todas, a mais significativa, abrangente e complexa, e também a mais persistente.


Dei-me conta do quanto ainda desconhecemos das trocas e interações das imagens mínimas que constituíram esse universo de sentido que chamamos de "malandro", quando viajava, em 1989, de trem, de Lisboa a Paris. Em minha cabine instalaram-se um português de Lisboa, que jamais veio ao Brasil e nem parente tem por aqui, e um uruguaio que também não nos conhecia. A tantas, o lisboeta me perguntou de qual bairro gostara mais em sua cidade. Respondi-lhe que me fascinara o Bairro Alto, onde reencontrara aspectos do que imaginava ter sido o Rio antigo. Ele comentou rapidamente, rindo, que lá, até há pouco tempo, era a área dos "rufias". Fiz-me de desentendido e perguntei-lhe o que eram "rufias".
Ele levantou-se na cabine, e gingando feito um malandro capoeirista tipicamente carioca, que ele nunca encontrou, me mostrou a ginga dos antigos rufias do Bairro Alto. Fiquei sabendo também que alguns se vestiam com camisas listradas, que portavam navalhas e exploravam o lenocínio. Eram perigosos, matavam facilmente e vi-viam tendo problemas com a polícia. O uruguaio falou também "de los rufiones" de Montevideo, mas deixou claro que não andavam balançando, eram "machos", duros, rígidos, brilhantinados, o que deixava claro que estava por fora do que eu e o português partilhávamos naquela conversa. Fiquei matutando sobre, e me dei conta de que o "malandro" carioca pode ter vindo de Lisboa, dos fadistas e dos rufias, e não apenas dos negros libertos e brancos pobres do Segundo Império, como muitas vezes se pensou. Esses apenas reinvestiram numa tradição, cujas matrizes, perdidas, podem recuar para muito mais tempo antes. Os tipos literários do romance picaresco desenvolvem algumas das principais representações desse estilo de vida individualista pré-moderno, intersticial, que a língua italiana fixou no termo malandrino, de onde se originou a palavra portuguesa. Há condensações variadas entre o malandrino italiano, o mandrião espanhol, o patife português, o "apache" e suas variantes: o malin, o coquin, o vaurien e o vagabond francês, o vagabundo simplesmente (do antigo latim, vagativu = vadio): todos são representados por atributos que condensam os atributos de ocioso, de insolente, de maroto, de esperto, de velhaco e, no limite, de canalha e de bandido.
http://www.letras.puc-rio.br/catedra/revista/6Sem_16.html

sábado, 26 de junio de 2010

AMADO, Jorge. Jubiabá (1931). Rio de Janeiro: ed. Record,1982

A construção da identidade negra no filme "Jubiabá"

Maria Angela Pavan 1
Dennis de Oliveira 2
.......................Mas a distinção racial mais nítida é em relação a percepção corporal. Em várias passagens do filme, fica demonstrado (denotado) as distintas percepções corporais entre brancos e negros. Citamos algumas:
a-) morte e ausência – A Tia Luiza é internada e se ausenta no início do filme, com o corpo em movimento. A mulher do comendador morre com a degeneração do corpo que vai ficando cada vez mais inerte. O mesmo ocorre com o comendador, quando morre do coração no bordel. A degeneração do corpo dos personagens brancos infere um uso instrumental do mesmo, ao passo que o corpo em movimento, em transe, implica em uma percepção corporal próxima do sagrado, típica das culturas populares negras.
b) no viver – Lindinalva perde suas esperanças quando na morte de seu pai se vê sem alternativa e tristemente se prostitui. Já Roselda (representada pela atriz Zezé Motta) amiga de Baldo conta sua vida que foi pautada de muitas dores, mas de sua dor brota criatividade para dança, movimentos e sorrisos.
c-) castigo corporal/prazer corporal – o uso instrumental do corpo fica evidente também no castigo físico imposto pelo comendador a Baldo, o que implica em vilipendiar o corpo. Contrariamente a isto, após ser castigado, Baldo se masturba – o corpo que foi objeto do castigo do branco, é agora objeto de seu prazer.
d-) corpos em movimento – duas formas de corpos em movimento e de expressão pela dança na cena em que os capoeiristas liderados por Baldo cruzam as yayás – jovens negros e mulheres negras expressando, cada qual a seu modo, seus estilos negros.
e-) Pai Jubiabá – Hall afirma que estas características das culturas negras devem-se ao fato delas não terem o seu centro na logotecnia, por isto as formas de expressão se deslocam para estilos, musicalidades e corpo. O Pai Jubiabá, elemento central na construção da identidade de Baldo é um sujeito de poucas palavras e muitos olhares. A sua expressão facial já é suficiente para expressar os conteúdos necessários. Na verdade é um olhar que expressa também a eloqüência amorosa do pai.
f-) Baldo é capoeira e luta box – Quando o “empresário” Luigi o conhece e que levá-lo para o box, pergunta: “Você luta box?”, Baldo responde “Sou capoeira” (e não “luto capoeira”) – capoeira é uma forma de ser, é um elemento integrante da sua identidade e não uma atividade externa ao seu ethos. Lutar alguma coisa e ser uma coisa aparecem aqui como um diálogo complexo, entre uma lógica discursiva ocidental e outra negra.
http://www.usp.br/nce/wcp/arq/aconstrucaodaidentidade_2texto.pdf

1 Doutora em Multimeios pela Unicamp e professora da Universidade Metodista de Piracicaba. Membro do

Grupo de Pesquisa “Processos Mediáticos e Culturais” E-mail: gelpavan@hotmail.com
2 Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, professor da Universidade de São Paulo e coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba. Coordenador do Grupo de Pesquisa “Processos Mediáticos e Culturais”. E-mail: dennisoliveira@uol.com.br

domingo, 20 de junio de 2010

"A Capoeira", 1906 Kosmos, Revista Artística, Scientifica e Literaria."

Em 1906, a luxuosa Kosmos, Revista Artistica, Scientifica e Literaria, do Rio de Janeiro, publica um artigo de Lima Campos: "A Capoeira", ilustrada por Kalixto. Este artigo, é um registro da construção da capoeira moderna, sua arquitetura tem como base o movimento nacionalista do final do século XIX, o qual se estenderá até meados do século XX. Lima Campos enaltece a vocação cultural mestiça da capoeira carioca e mostra a destruição da capoeira de movimento social, pela República e a gênese da proposta moderna da capoeira; A ginástica Nacional.




"Das cinco grandes lutas populares: a savata francesa, o jiu-jitsu japonês, o box inglês, o pau português e a nossa capoeira, temiveis pelo que possuem de acrobacia intuitiva de elastério e de agilidade em seus recursos e avanços táticos e em seus golpes destros é, sem duvida, a última, ainda desconhecida fora do Brasil, mesmo na América, a melhor a mais terrível como recurso individual de defesa certa ou de ataque impune.


Nas outras (com bem limitada exceção de apenas alguns golpes detentivos ou de tolhimento no Jiu-jitsu e a limitadíssima exceção do célebre círculo defensivo descrito pelo movimento giratório contínuo do pau no jogo português) o valor está no ataque; na capoeira porém, dá-se o contrario: o seu mérito básico é a defesa; ela é por excelência e na essência defensiva. Lima Campos: "A Capoeira", 1906 Kosmos, Revista Artística, Scientifica e Literaria."

viernes, 18 de junio de 2010

1690- Tratado del arte de la Lucha,

L'Académie de l'admirable art de la lutte


1712 Illustrated by: Romeyn de Hooghe, Dutch, 1645–1708 Publisher: Isaac Severinus, Dutch, 18th century
NOTA: Calabar: Historia brasileira do seculo XVII. José da Silva Mendes Leal (1818-1886.)Typ. do Correio mercantil, 1863
(pág 134) Mestre Marçai, não podendo acreditar que os hollandezes tivessem feito tanto arruido para não entrarem, pasmou de se achar face í face com o mosqueteiro, e ainda mais de estar são e escorreito. Verdade seja que tinha escolhido um asylo sagrado.


— Vamos, homem l tirai-vos dahi, que me estais deshonrando esses quartos!—disse o mosqueteiro, pregando tal safanão no aturdido mestre, que lhe fez dar uma serie de gyros, rematados em uma cabriola muito pouco gymnastica.
http://books.google.com/books?id=AbMCAAAAMAAJ&printsec=frontcover&hl=es#v=onepage&q&f=false

1690- Tratado del arte de la Lucha

Fuente libro: Works on horsemanship and swordsmanship in the library of F.H. Huth (1890)

Author: Huth, F. H. (Frederick Henry), b. 1844
Subject: Horses; Horsemanship; Fencing
Publisher: Bath : Seers
Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT
Language: English
Call number: 19435502
Digitizing sponsor: Tufts University
Book contributor: Webster Family Library of Veterinary Medicine
Collection: americana; blc
Scanfactors: 15

Gravura: L'Académie de l'admirable art de la lutte


1712 Illustrated by: Romeyn de Hooghe, Dutch, 1645–1708 Publisher: Isaac Severinus, Dutch, 18th century

1714- Tratado de Savate


Gravura: L'Académie de l'Art admirable de la Lutte, reprè'fentê'e en LXXI figures gravées en taille-douce par le célèbre Romain de HooGUE , avec des inftrucYions claires & familières. Leyde, Sevtrinus, 1712. in-^. fig. Traité curieux & fingulier, recherché par rapport aux figures. 12-3-15 liv.
La première Edition de ce Tr.:itê, donnée par Nicolas Petter, a paru en 1674, in-4., les épreuves en font plus belles; mais elle tfl en hollandais, 6- par confcqucnt moins recherchée, fend. 10 liv. chi{ M. Burette, en 1748.

Otras informaciónes

435 Parkins (Sir Tho. Baronet) the Inn-Play or Cornish-Hugg Wrestler.

Nottingham, W. Ayscough, 1714, in-4. fig. v. br. à comp. tr. d. Ce qu'il y a surtout de curieux dans cet ancien traité de savate c'est que l'auteur y dit qu'ayant étudié les mathématiques sous le grand Newton, il a traité le sujet scientifiquement.
 FUENTE: PAG 88., Introduction au catalogue des livres imprimés de M. Libri Escrito por G. Libri (1859)
http://books.google.com/books?id=2HsNAAAAQAAJ&dq=%22Trait%C3%A9+de+Savate%22.&hl=es&output=text&source=gbs_navlinks_s

sábado, 12 de junio de 2010

Dissertação de Mestrado Juros em Livros Didáticos de Matemática no Maranhão do Século XIX
Waléria de Jesus Barbosa Soares
Campinas 2009 (pag19)
Fora do centro da cidade de São Luís, na Quinta da Olinda, no Caminho Grande, O Collégio da Imaculada Conceição foi fundado em 1869, funcionando como internato para alunos de menor idade a partir de 7 de janeiro de 1870. Na direção estavam os Padres Theodoro Antonio Pereira de Castro, Raymundo Alves de France e Raymundo Purificação dos Santos Lemos. O colégio oferecia admissão para alunos do 1º e 2º graus e apresentava seus Planos de Estudos para a instrução primária, a instrução secundária e a instrução religiosa. Aulas de desenho, música vocal e instrumental, ginástica, etc. aconteciam mediante ajustes particulares com os responsáveis dos alunos. Em 1880 Aluísio Azevedo propõe uma educação positivista para as mulheres maranhenses. Através de seu livro ―O Mulato‖, e de uma crônica também publicada neste ano, ele ressalta sobre essa educação que ―... é dar à mulher uma educação sólida e moderna, é dar à mulher essa bela educação positivista ... é preciso educá-la física e moralmente ... dar-lhe uma boa ginástica e uma alimentação conveniente ...‖
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000475433

Emigraçao

EMIGRAÇÃO

Apresentamos o seguinte quadro do movimento da emigração para os Estados Unidos, Brazil e Ilha de Cuba desde 1848 até 1865, o qual extraímos de um jornal inglez.
— Estados Unidos. 4,664, 655 pessoas, sendo 204,111 francezes ; 15,516 hespanhoes ; 14,000 italianos; 6,000 portuguezes do continente, e 2,000 das ilhas dos Açores e Mndeira ; 300 habitantes das Canárias; 2,672,500 ingle/'•-. escocezeg e irlandezes; 1,492,000 allemães; 21.228 hollandezes ; 37,090 suissos ; e 200,000 sueccos e dinamarquezes.
— Brazil, 40,000 allemáes, e suissos; 12,000 francezes ; 6,000 inglezes ; 3,000 portuguezes. e 2,000 italianos, belgas e hespanhoes, o que dá um total de 63,000 pessoas.
—Ilha de Cuba, 129,134 pessoas sendo da Hespanha e colónias, 65,853; da França 2,606 ; da Inglaterra 8.244; de Portugal, 159; dn Allemanha, 418; da Prussia, 11; da Rússia, 12; 'Já Dinamarca, 18; da Áustria, 2; da Suécia, 12; da Suissa, 13 ; da Bélgica, 27 ; da Greria, 17, e da Itália, 482. Dos Estados Unidos 2,496 ; dos estados hispano-americanos 3,420 ; do Yocatau, 838 ; de S. Domingo, 213 ; do Brazil, 257; e da China, 44,046.
FUENTE: O Boletim do governo de Macau Escrito por Macau, Imprensa nacional, 1866

Procedencia del original Universidad de Harvard .(PAG 91)
http://books.google.com/books?id=5AQhAAAAYAAJ&hl=es&source=gbs_navlinks_s

miércoles, 9 de junio de 2010

1820- DUELO A GARROTAZOS (Francisco de Goya)

Duelo a garrotazos es el título más moderno, pero la obra se ha conocido también como “Dos forasteros”, “Boyeros”, “Dos hombres riñendo a garrotazos” y “Riña a garrotazos”. Precisamente en esta época las leyes prohibieron el uso de porras para la lucha cuerpo a cuerpo, pero en algunos lugares de Salamanca permaneció la tradición de las luchas rituales entre jóvenes de distintos pueblos con podones. Julio Caro Baroja lo recoge en su libro El Carnaval :

 “Los hombres del Rebollar, como todos los de la montaña, son muy dados a interrumpir el grandioso silencio de sus sierras con ese grito de guerra prehistórico, que en el Rebollar es un  ¡hu: : : ; u : : : ; u : : : ; ju: : : ; ju: : :! muy típico. He oido contar, a este propósito, en estos pueblos, que aún no hace muchos años el hujujear de unos y otros mozos daba lugar a grandes tragedias. En los bosques de día, y en los lugares de ronda de noche, hujujeaba un bando, contestaba el otro. Y así, cautelosamente, se iban acercando, siempre armados de terribles podones. Y cuando estaban cerca unos de otros, llegaban al cuerpo a cuerpo, en combate a muerte. Y era sabido; el hujujeo de los bandos contendientes no cesaba hasta que uno de ellos imponía al otro el silencio de la muerte. De este modo se cuenta que antaño moceaban los del Rebollar.”
 
Texto sin Fuente:

 

 

 

martes, 1 de junio de 2010

1707-1750 -LISBOA-Duelos con espada corta (Duelar de Quitó)


GRABADO: (Canne-Chaussón)
Nota:
Juan V de Portugal, apodado el Magnánimo (Lisboa, 22 de octubre de 1689 - Lisboa, 31 de julio de 1750), fue rey de Portugal entre 1706 y 1750. Sucedió a su padre Pedro en diciembre de 1706 y fue proclamado rey el 1 de enero de 1707.


..........elegante quanto duelar de quitó na Lisboa de D. Joäo V.(1)
ARTÍCULO:DENISE MALLMANN VALLERIUS
DE TRADUÇÕES, INTERMEDIAÇÕES E TRANSCRIAÇÕES: O REGIONALISMO BORGEANO PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS
PORTO ALEGRE - 2009
........Vejamos, no entanto, mais alguns exemplos acerca da seleção lexical realizada nas traduções:(2)

Obras Completas (2001) O informe de Brodie (1976) O informe de Brodie (2001)

“Aprendí a vistear con los otros, con un palo tiznado” (l.30) “Aprendi a esgrimar com os outros, com um pau queimado” (l.43). “Aprendi o uso da faca com os outros, com um pau queimado” (l.36)

.......No caso acima, deparamo-nos com um claro exemplo de modulação, dada a inexistência de um verbo em português capaz de abarcar a amplitude semântica do verbo “vistear”, o qual refere-se, especificamente, a uma espécie de brincadeira, isto é, à simulação de um duelo (sentido que se encontra ainda mais reforçado pelo complemento “con un palo tiznado”). Logo, trata-se de uma ação que não está restrita ao uso da faca, sendo, muitas vezes, realizada apenas com as próprias mãos dos adversários, sem o emprego de alguma arma específica. A opção por traduzir “vistear” como “esgrimar”, além de remeter ao emprego da espada, soa demasiadamente formal para o contexto da narrativa. Já a tradução de 2001 procura modular um pouco mais a tradução do termo, optando pelo emprego de “uso da faca” – embora continue restringindo a ação ao emprego de um instrumento específico. Uma opção, talvez, pudesse ser o emprego do verbo “duelar” (“Aprendi a duelar com os outros, com um pau chamuscado”) (3).

Mas, observe-se ainda:

Obras Completas (2001) O informe de Brodie (1976) O informe de Brodie (2001)
“Yo sentí que iba a achurarme” ( l.40). “Senti que ia me espetar”(l.56). “Senti que ia me esfaquear” (l. 46).


(1) Folclore do Brasil: pesquisas e notas Escrito por Luís da Câmara Cascudo ,1967-252 páginas
(2) pág. 152 http://www.cipedya.com/web/FileDownload.aspx?IDFile=176844
(3) Idem. (pág 153) A tradução mais recente, pela Companhia das Letras, vale-se do sintagma “Aprendi a enfrentar os outros, com um porrete” (p.26)”. Além de o verbo escolhido “enfrentar” distanciar-se da carga semântica presente no espanhol “vistear”, o emprego do substantivo “porrete” como equivalente para “palo tiznado” também transforma a imagem construída pelo leitor do texto traduzido em comparação à imagem construída pelo leitor do texto-fonte, uma vez que um “porrete” é utilizado para bater, golpeando a outrem, e não para “esgrimir”

miércoles, 26 de mayo de 2010

1831-LISBOA -Antes de esta fecha mención al Birimbau y Marimba

(Lisboa) Tinop menciona los odios de José Agostinho de Macedo (1761-1831)
FUENTE: Lisboa d'outros tempos Escrito por Pinto de Carvalho .
Odios de Jose Agoctinho de Macedo

martes, 25 de mayo de 2010

1934- Madrid ,editado libro de Boxeo Francés

fuente: DEPORTES DE COMBATE - BOXEO FRANCES Y ESGRIMA DE PALO, BADENAS, MADRID 1934
Título Deportes de combate: boxeo inglés, boxeo francés, lucha grecorromana, lucha libre, esgrima de palo, jiu-jitsu, kuatsu

Autor José Bádenas Padilla
Editor s.n., 1934

1904, Sinhô iniciava sua brilhante carreira de desportista, como sócio-aluno do Clube Esperia de São Paulo (SAVATE)

lunes, 24 de mayo de 2010

Además del Capoeira Cyríaco, Zeca Floriano (FOTO) ganó también a Sada Miako,maestro de Jiu Jitsu ;era hijo del Mariscal Floriano Peixto.
NOTA DEL PESQUISADOR: Por las pesquisas realizadas hasta ahora entendemos que Zeca Floriano nació en a 1885 http://wapedia.mobi/pt/Josina_Peixoto y con 15 años huyó del colégio militar para trabajar en un Circo (1900) viajando por todo Brasil haciendo exhibiciónes y luchas de 15 modalidades diferentes ,incluso Capoeira.
NOTA:..................No Rio, fora da Liga Metropolitana, clubes predominantemente brancos não conseguiam resistir a craques como Paulino de Souza. Dispensado do segundo time do Botafogo por conta da proibição racista de 1907, ele foi contratado pelo Sport Club José Floriano, liderado pelo filho do Marechal Floriano Peixoto, presi- dente do Brasil entre 1891 e 1894.
http://www.ceao.ufba.br/livrosevideos/pdf/uma%20historia%20do%20negro%20no%20brasil_cap10.pdf
otra fuente:http://www.scribd.com/doc/6520040/Livro-Uma-Historia-Do-Negro-No-Brasil

"Cyriaco, como todos sabem, venceu em poucos minutos, no tablado do Concerto Avenida, o até então invencível Miaco, professor japonez da luta jiu-jitsu. Cyriaco, natural de bom gênio, mas destro e conhecedor de capoeiragem como poucos quis repetir a dose, no que não consentiu o japonez vencido. Isto vem provar mais uma vez as vantagens da capoeiragem como exercício, que há longo tempo preconizamos pelas columnas do Jornal do Brasil, vantagens que subiriam mais se fosse methodizado o exercício, expurgados os golpes misteriosos e mortaes". (Revista da Semana, 30 de maio de 1909 - Domingo - Anno IX - 472) .

sábado, 22 de mayo de 2010

O fadista e o faquista


Nota artículo prensa: Havia de lhe pôr as tripas ao sol, dizia o terrível faquista. E o Clarindo não teve sorte, ia comprar bacalhau à mercearia e acabou esfaqueado. Assim era o crime em Lisboa em 1941. Século, 16 de Fevereiro de 1941
 A ARTE DE DISCIPLINAR




Jogando Capoeira em Projetos sócio-educacionais
Wilson Rogério Penteado Junior

Recorremos mais uma vez ao estudo de Soares (1998), pois ele faz uma interessante análise sobre a figura do fadista português e sua aproximação com o capoeira no Brasil.

O fadista, diz Soares, “... personagem destacado da marginalidade lisboeta do século XIX fazia parte, junto com as prostitutas, marinheiros, vagabundos e rameiras do universo marginalizado lusitano.Tanto o capoeira como o fadista eram produtos de uma incipiente sociedade urbana, do século XIX, e também filhos da marginalidade citadina. O fadista era personagem inevitável da crônica policial lisboeta, e se destacava não somente pelo canto do fado, hoje símbolo maior da cultura portuguesa, mas pela forma singular de luta, caracterizada pelo uso da navalha (...) ’Sardinha’, ‘Rasteira’, ‘Ginga’, são alguns dos extraordinários paralelos entre a fala do fadista e a gíria da capoeiragem carioca”.
(Soares, 1998:156).

A capoeira no século XIX significou um convite a forasteiros, desamparados e outros sujeitos marginalizados nos grandes centros urbanos que acabavam se integrando às várias maltas de então.
pag 22
http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d43-wjunior.pdf

lunes, 17 de mayo de 2010

1759- PORTUGAL-Esgrima en el Real Colégio dos Nobres, después en Salvadorde Bahía



http://books.google.com/books?id=Q1YPAAAAIAAJ&printsec=frontcover&hl=es&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

1859-RIO -SAVATE en el Colegio Pedro II (Pedro Meyer - Coelho Neto),


Biografia


Fundador
Fundador da Cadeira 1. Recebeu o Acadêmico Humberto de Campos.
Luís Murat (L. Morton Barreto M.), jornalista, poeta, filósofo e político, nasceu em Itaguaí, RJ, em 4 de maio de 1861, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de julho de 1929.
Era filho do Dr. Tomás Norton Murat. Após concluir os estudos básicos no Imperial Colégio de Pedro II, segue para São Paulo e matricula-se no Curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito, bacharelando-se em 17 de março de 1886. Sua estréia literária deu-se em São Paulo, em 1879, no “Ensaio Literário”, órgão do clube literário Curso Anexo, redigido por ele e outros colegas. Mudando-se para o Rio de Janeiro, abraçou o jornalismo, e seus artigos captavam as atenções gerais. Publicou seu primeiro livro de poesias, Quatro poemas, em 1885. Fundou o jornal Vida Moderna (10 jul. 1886 a 25 jun. 1887) com Artur Azevedo, no qual colaboravam Araripe Júnior, Xisto Bahia, Coelho Neto, Alcindo Guanabara, Guimarães Passos, Raul Pompéia e outros. Depois colaborou na Cidade do Rio, de José do Patrocínio, em A Rua, com Olavo Bilac e Raul Pompéia, e em outros jornais cariocas. Escrevia também sob o pseudônimo Franklin. Jornalista combativo, empenhou-se a fundo nas campanhas da Abolição e pelo advento da República.
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=700&sid=87

jueves, 13 de mayo de 2010

ALGUNS ASPECTOS DA HISTORIA DA CRIMINOlOGÍA EM PORTUGAL

As asociaçoes considera-as uma tendência instintiva da humanidade, em todos os sectores da vida e não uma característica dos criminosos. Elas obedecem, entre os malfeitores, a essa mesma inclinação geral do espírito humano e não as considera, entre eles, psicològicamente, um fermento de instintos brutais, uma
manifestação de atavismo ( 3 6 ) .

(36) Em breve nota, neste ponto. faremos algumas referências as associações de malfeitores mais notáveis existentes em Portugal no século passado e ao calão usado por criminosos portugueses. Pondo de lado a forma mais rudimentar de associações de malfeitores nos grandes centros populacionais que é o parasitismo que vive do vício, em regra ligado a pederastia e a prostituição e que sempre existiu sm Portugal, nota-se que algumas das mais célebres quadrilhas que existiram entre nós apareceram quase sempre rotdadas de fins políticos ou comerciais, para melhor fugirem à perseguição da lei. Foram associa~úesd este tipo a Sociedade dos Invistvcis de Vouzela e Oheira de Frades que, à sombra das actividades políticas, cometeu numerosos crimes de fogo posto e assassínio e a sociedade secreta dos Divodignos, formada em 1828, quase na totalidade .por estudantes da Universidade de Qimbra, que se tornou célebre pelos homicídios diversos cometidos nas pessoas dos ,professores da Universidade e outros indivíduos ' em 1891 foi descoberta em lisboa uma quadrilha de gatunos caireiras que se apresentava como uma espécie de associação de socorros mútuos perante a autoridade. E curiosa referir os moldes da organização: aos caixeiros filiados era aberta uma conta corrente onde se debitavam dinheiro, tabaco e outros géncros que Ihes eram fornecidos, e onde se creditavam, (por uma quotaiparte do valor, os artigos que íurtavam nos estabelecimentos onde (trabalhavam e que iam depositar no armdm da associaçáo. Acontecia até que, qiiando um dos caixeiros estava desempregado, a própria aswciação tratava de o sustentar e empxegar, havendo também cúmplices entre alguns comerciantes estabelecidos e .gaando de boa repmtação que recomendavam esse empregado. Quadriihas doutro tipo foram aquelas que actuaram nas montanhas; isolados por condições geo@iicas, e em regra dotados de robusta física, duma insondável coragem e duma altiva independência, houve entre nós salteadores quase lendários, misto de heróis e bandidos, wmo os bandoleiros da serra Morena e da Galábria. Nas guerras civis da península os partidos políticos cliegaram a fazer transacçúes com cstes guenilheiros e enviar aos seus chefes portarias de louvor. Os mais notáveis, entre nós, foram os de João Brandão, na Beira, e os de Galamba e do Baialha, no Nentejo. Outras quadrilhas célebres, entre n6s, com especialidades diversas, foram as de Diogo Alves, quc tinha uma hibil divisão de trabaLho, orsnizada em autentica hierarquia, com indicadores, homens de acção e encobridores, a de Josd do Telhado e, já no século XWII causava pânico a quadriiha de Pascoal Poir, enforcado em Lisboa, a de Araújo de Lacerdn e de Chnçalo Soma, cnforcado igualmte com baraço e pregão, e a de José Nicós que foi uma sociedade de falsários com ramificações em Espanha.
(Em maior desenvolvimento - Os Assnssinos da Beira, vol. I, Joaquim M. de Carvalho; Crimes de Diogo Alves, de Leite de Bastos,
http://www.fd.unl.pt/Anexos/Investigacao/2102.pdf

domingo, 2 de mayo de 2010

Real Colégio dos Nobres . Portugal


Pela resolução régia de 19 de Outubro de 1759 foi criado um Professor de Esgrima  e outro da Arte de Cavalaria, pagos pelo cofre do colégio, sendo fornecidos os cavalos pelas reais cavalariças.
http://www.arqnet.pt/dicionario/rcolnob.html

1761-ESGRIMA FRANCESA Real Colegio dos Nobres http://eu-bras.blogspot.com/2010/03/1761-esgrima-francesa-en-el-colegio-de.html

viernes, 12 de marzo de 2010

1761-Esgrima francesa en el Colegio de Nobles - Lisboa

Nota del pesquisador: Fue usado en la academia militar de Rio de Janeiro el tratado de ataque y defensa militar , además de escrima francesa de Gay de Vernon.(ver libro).
Essai statistique sur le royaume de Portugal et d'Algarve:
Adriano Balbi

Editor Rey et Gravier, 1822
http://books.google.es/books?id=Vps2AAAAMAAJ&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false


Imagem e letra: introdução à bibliologia brasileira : a imagem gravada‎ - Página 337

Orlando da Costa Ferreira - 1994 - pag 337Gay de Vernon, Tratado Elementar da Arte Militar e da Fortificação... 1813-Rio de Janeiro .
http://books.google.es/books?id=BCz9BWaBRLQC&pg=PA337&dq=%22gay+de+vernon%22+joao+de+sousa+paccheco+leitao&lr=&as_brr=3&cd=1#v=onepage&q=&f=false