martes, 22 de febrero de 2011

1901- lisboa -Gingando con Faca

A SEVERA

Peca em quatro actos representada pela primeira vez em 25 de Janeiro de 1901 no antigo Teatro D. almélia, de Lisboa
(pag. 39) DIOGO
Você vai ver o que é uma égua de raça, ó
Romão¡ Lume no olho, coração ao pé da boca!
ROMÃO, compondo a jalera, com ares de conquistador
E anda no fado, hein?
DIOGO
Anda no fado, mas não é por míngua. Tem muita fidalgaria que lhe dá dinheiro. Faça-se valente com ela, mostre-lhe os gadanhos, que é disso que ela gosta¡
ROMÃO, gingando
Ah! Ela gosta de valentes? Então, deixa-a comigo. Vais ver!
VOZES, fora e dentro, com entusiasmo  Bravo ! — Severa
(pag. 101) MARIALVA, traçando a capa e enrolando uma das pontas no braço
Não faz mal. Corro-os a todos ! (Recebendo no ar a navalha que a severa tira da liga) Dá cá. Depressa! O marchante, hei de marcá-lo na cara!
SEVERA, agarrando uma faca
Se te vires aflito, assobia, que eu salto!
o MARIALVA esgueira-se, cerrando a porta atrás de si. Grande reboliço, fora. A SEVERA, por uma greta da janela, espreita, faca em punho. Batem corpos de encontro à porta ; há gritos roucos. De repente, a porta cede e aparece o CUSTÓDIA, olhos esbugalhados, manta alentejana, navalha aberta.
FUENTE: A Severa: peca em quatro actos (1900), Author: Dantas, Júlio, 1876-1962, Publisher: Lisboa Portugal Brasil, A. Brandão, Language: Portuguese

martes, 15 de febrero de 2011

fadista Santana e Vasconcelos

FUENTE: (pág 247-248) Os excertricos do men tempo (1891), Author: Palmeirim. Luiz Augusto, 1825-1893, Publisher: Lisboa. Imprensa nacional, Year: 1891, Language: Portuguese



jueves, 10 de febrero de 2011

Birimbao Europeo

FUENTE: (PAG 327) Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1873), Author: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Instituto historico, geografico e ethnographico do Brasil, Volume: 36, Subject: Geography; History, Publisher: Rio de Janeiro, Year: 1873, Language: Portuguese

domingo, 6 de febrero de 2011

1852- Brasil- ACULTURACIÓNES batuquistas dançadores de fado e lunduns da roça brasileira

(pag 139 y 141) Alviçaras para os batuquistas, dançadores de fado e lunduns da roça brasileira ! Deveis saber que , para o modo de ver de um inglez requintadamente civilisado, como era Mansfield, o vosso fado, lundum e batuque são danças tão airosas e sympathicas como as de um salão de baile na Inglaterra. Tem proposições este bom Inglez que de facetas passão a ser graçolas.

Os mencionados bailes nacionaes, de usança entre as classes menos cultas do povo brasileiro , são pouco mais ou menos arremedos mimicos das paixões dominantes do caracter primitivo; e, por conseguinte, exprimem, quando são bem dansados, a voluptuosidade do clima intertropical, a melancolia caracteristica dos habitantes destas regiões grandiosas de espectaculos naturaes, a simplicidade dos seus costumes e a monotonia da sua nascente civilisação……………….O bamboulat da Nova-Orleans e das Antilhas francezas, dinamarquezas, hollandezas e inglezas ; o rill dos Estados do Sul da America do Norte ; o fandanguilho, as cadenas, o sonduro ou matatouros, o seis e o cavallo das ilhas de Cuba e do Porto-Rico, sem fallar das danças do garabato e da bomba dos paizes hispano-americanos, são provas evidentes de que sob diversos nomes o genio intertropical expressa, com as mesmas figuras e quasi identicos movimentos, as suas exaltadas paixões. Estas danças — boas para serem presenciadas por homens observadores que estudem philosophicamente o seu caracter, — não são, para que digamos, modelos de elegancia, nem muito menos, dignas, como assevera Mansfield, de ser comparadas com as mais airosas de um salão de baile da Inglaterra (*). Que dirião as pudibundas damas dos saráos de Londres se eu tivesse a ousadia de comparar as suas quadrilhas , as suas walsas , etc., com o celebre cancan francez? Shoking I Shoking I murmurarião com sobeja razão : pois o caso é mui semelhante ; porque do lundum bailado por negros e mulatos a um cancan executado por grisettese vawriens, não é mui afastada a distancia. Este bom Mansfield peccava por simples de coração, e prova nesta circunstancia que não tinha visto bailes de salão na Inglaterra, ou que a sua innocencia era digna da idade de ouro, em que as evoluções da dança cingião-se a movimentos mais ou menos significativos de abandono e molleza.
Segundo o que vejo, se Mansfield tivesse ficado entre os irmãos pretos—como elle chama os negros—por alguns mezes, teria imitado a Catão o censor, tomando lições de fado, batuque e lundum, para introduzir este refinamento das danças dos pretos nos salões de baile da Grãa. Bretanha.
Em quanto á delicadeza do seu olphato—perto dos irmãos negros—não accrescentarei uma unica palavra: tendes lido as suas lamentações e isto me satisfaz : nem
(*) O lundum, embora digão os diccionarios de Roquette e de Antonio de Moraes Silva, «ser uma dança chula do Brasil, em que as dançarinas agitão indecentemente os quadriz», foi em tempos não mui remotos dançado por pessoas muito distinctas. e ainda hoje é no sertão uma das danças favoritas dos lavradores eda gente rustica. (Nota do autor.)
fuente: Ensaio critico sobre A viagem ao Brasil em 1852 de Carlos B. Mansfield (1861), Author: Antonio D de Pascual , Charles Blachford Mansfield, Year: 1861, Language: Portuguese

jueves, 3 de febrero de 2011

1876- Jogo da Capoeira -esgrima -cacete


FUENTE: A Academia de São Paulo; tradições e reminiscencias, estudantes, estudantões, estudantadas (1907), Author: Nogueira, Almeida, 1850-1914, Subject: Faculdade de Direito (São Paulo, Brazil); Lawyers, Publisher: São Paulo [Typographia Vanorden & Co.], Year: 1907, Language: Portuguese, Notes: Vols. 2-9 have imprint: São Paulo [Lisboa, Typ. "A Editora"]

VER CITA: http://eu-bras.blogspot.com/2010/01/os-capoeiras-do-duque-extrada.html