jueves, 28 de enero de 2010


Emblemas do tempo: Imagens sobre a passagem de século XIX para o XX na imprensa carioca. http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v4n3/v4n3a07.pdf

martes, 26 de enero de 2010

1820-savate (amorós) en Francia y luego en Brasil


EXERCICIOS FISICOS NA HISTORIA E NA ARTE, OS‎ - Página 219Jayr Jordâo Ramos - 1983 - 352 páginas
Admitia o sistema três tipos de ginástica: civil, militar e médica. ... praticar o tiro, jogar bola, boxear com os punhos e pés e muitos outros faziam parte.
NOTA:
Vivian Luiz Fonseca
CAPOEIRA SOU EU:
memória, identidade, tradição e conflito.
Rio de Janeiro
2009
Em relatório do Conselho Nacional do Desporto do Ministério da Educação e Cultura (MEC), intitulado “Parecer sobre a Capoeira-Desporto”, datado de julho de 1972, e assinado pelo General Jayr Jordão Ramos42, ressalta-se a importância de dar à capoeira “formas e regras desportivas”, com o objetivo de reabilitá-la enquanto luta. O General Ramos, membro do CND à época, esteve envolvido ao longo de toda a sua carreira militar com questões relativas aos rumos que o ensino de Educação Física deveria seguir. Foi figura expoente não apenas no meio militar, como também nas esferas civis, como por exemplo na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (SANTOS, 1983). Nesse mesmo parecer citado acima, o General aponta que pela falta de incentivo público, a capoeira serviu, por
muitos momentos, à malandragem e desordem. Assim, só teria restado para a capoeira, fixar-se no campo do folclore. Entretanto, ainda para o General Ramos, se tivesse sido devidamente fomentada, “seria modalidade ginástica bastante praticada”. O autor coloca ainda, que: “Ao lado do Judô, do Boxe, do Karatê e de outras formas de luta, deve ser a capoeira estimulada. Como desporto, ela apresenta no seu aspecto, um misto de semelhança com a luta francesa “Savate” e com a japonesa do Karatê (...)”. Para ele, o órgão responsável por organizar a sua regulamentação, deveria ser a Confederação Brasileira de Pugilismo. Na realidade, não é novidade um membro das Forças Armadas Brasileiras estar envolvido com questões relativas à capoeira, principalmente no intento de enquadrá-la enquanto atividade esportiva. No início do século XX, como demonstrado anteriormente, setores militares defenderam a criação de um Método Nacional de Educação Física baseado na capoeira, além de serem feitas as primeiras propostas acerca da regulamentação da capoeira enquanto esporte.
42 O General Jayr Jordão Ramos nasceu em 14 de julho de 1907, no Rio de Janeiro. Cursou a Escola Militar do Realengo, e foi declarado aspirante a oficial em 1930. Ao longo de toda a sua carreira militar dedicou-se às questões relacionadas à prática e ao ensino de Educação Física. Como aluno, recebeu Menção Honrosa na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx). É importante ressaltar que esta instituição balizava os rumos da Educação Física no Brasil à época. Em 1935, é nomeado instrutor da EsEFEx e começa a estabelecer contato com outras Escolas importantes internacionais, como a Escola Superior de Educação Física Joinville-Le-Pont, lá realizando cursos.

SINHO y el savate


sábado, 23 de enero de 2010

ESPAÑOLES INDESEABLES EN RÍO DE JANEIRO (1907-1930):

ESPAÑOLES INDESEABLES EN RÍO DE JANEIRO (1907-1930): ACTITUDES MARGINALES Y MECANISMOS DE REPRESIÓN
Víctor D. ZAMORANO BLANCO
Universidad de Salamanca
vidazabl@hotmail.com

Aparecen constantemente asociados a delincuencia menor, violencia, alcoholismo y desórdenes
públicos: Manuel Sánchez (Coruña, 45, trabajador del puerto, casado) es, en la opinión de los policías que testifican en su proceso, vagabundo incorregível e disordeiro perigoso [...] está frequentemente alcoolisado, tornándose quando se acha nesse estado verdadeiramente insupportável y subrayan que o seu domicilio é o ar livre, as casas em construcçao e os lugares suspeitos;35 Pedro Monreal Dals fue hallado por el agente Ernani Torres quando o mesmo com gesto de capoeiragem, promovía desordem por aquelle local, causando assim grande temor às pessoas que por alí transitavam siéndole incautada uma faca punhal, tendo a marca Heig-Leiff, com cabo de madeira, tendo a lamina resguardada por uma bainha de couro preto declarada ilegal por las autoridades al no tener aplicación profesional alguna.36

35 AN.- IJJ7-143 (proceso “Manuel Sánchez”).
36 AN.- Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.- Proceso “Pedro Monreal Dals” (6Z.3448).

http://hal.archives-ouvertes.fr/docs/00/10/30/73/PDF/Zamorano.pdf

miércoles, 20 de enero de 2010

Os capoeiras do Duque Extrada

recorte del libro: A Academia de São Paulo; tradições e reminiscencias, estudantes, estudantões, estudantadas (1907)
Author: Nogueira, Almeida, 1850-1914Subject: Faculdade de Direito (São Paulo, Brazil); LawyersPublisher: São Paulo [Typographia Vanorden & Co.]Year: 1907

De acordo com Blake (1889), Luiz Joaquim Duque-Estrada Teixeira formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo, voltando para a Corte em 1859, sendo sempre advogado. Filiou-se em 1863 ao Partido Conservador, “sendo um dos mais firmes baluartes deste partido, que também o distinguiu, elegendo-se Juiz de Paz de sua Freguezia, a da Gloria, desde 1864 a 1878”. Como já mencionado, foi mais de uma vez deputado provincial, e deputado geral em quatro legislaturas desde 1868. Colaborou também na Revista do Atheneu Paulistano, na Revista de Educação e Ensino, e em várias folhas políticas.


Page n195 - � Os capoeiras do Duque Estrada. —
Page n217 - jogo da capoeira, eic elle mn babil atirador e conhecia
Page n219 - estava a capoeira muito em honra entre os estudantes.
Page n220 - jogo da capoeira. Querem nm exemplo de um desses preceitos
Page n221 - exercidos da capoeiragem, como, ao contrario, os incitava
Page n222 - nalgum afamado capoeira adverso á sua gente.

Em 1897, o general Couto de Magalhães disse que a capoeira não deveria ser perseguida mais sim dominada e ensinada em escolas militares
El General José Viera Couto de Magalhães, (Diamantina, 1 de noviembre de 1837 — Rio de Janeiro, 14 de septiembre de 1898) perteneció a los cuadros político, intelectuales y empresariales del Imperio de Brasil. En su Viagem ao rio Araguaya, río Araguaia en el Estado de Goyaz o Goiás, Brasil. Fue político, militar, escritor e folclorista brasilero.
Inicio sus estudios en el Seminario de Mariana. Estudió matemáticas en la Academia Militar de Río de Janeiro y frecuentó un curso de Artillería de Campaña en Londres. Bachiller de la facultad de Derecho de São Paulo, en 1859, se doctoró en Derecho en 1860.

Capoeiras del Colegio Pedro II -Rio


Recorte libro: A Academia de São Paulo; tradições e reminiscencias, estudantes, estudantões, estudantadas (1907)
Page n221 - arte da capoeiragem, destro e valente cacetista. Bom estudante,
Page n222 - e bom capoeira, chefe do grupo de matadores de cabritos.
José Basson de Miranda Osório :


era filho do Coronel José Francisco de Miranda Ozório e nasceu em Parnaíba a 17 de novembro
de 1836. Cursou humanidades no tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, onde seguiu para São Paulo, ingressando na Faculdade de Direito. Foi um dos chefes emancipacionista do Piauí no movimento parnaibano de 19 de outubro de 18?2. Comandante das forças legalistas na guerra dos Balaios e um dos raros manarquistas brasileiros a resistir ao golpe republicano de
1889. Ocupou dentre outros, os seguintes cargos: Inspetor, Tesoureiro da Alfândega, Promotor e Prefeito de Parnaíba, Deputado Provincial e Vice-Presidente da Província do Piauí por longos anos, Presidente da Província da Paraíba, Inspetor da Alfândega do Pará e do Ceará, Chefe de Polícia da Capital do Império. Faleceu a 17 de abril de 1903, na Estação de Matias Barbosa, Estado de Minas Gerais, justamente a um mês depois do falecimento de Dona Filismina Basson Carvalho Osório, sua cunhada, sobrinha e esposa. Em sua homenagem, José Basson é o nome de uma Rua, localizada no Centro de Parnaíba, cujo percurso vai da Praça Santo Antonio à Av. Capitão Claro. (PASSOS, 1982, p. 236).



UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
NEUBER LEITE COSTA

CAPOEIRA, TRABALHO E EDUCAÇÃO
SalvadoR
2007

No Rio de Janeiro, no Recife e na Bahia, a capoeira seguia sua história, e seus praticantes faziam a sua própria. Originavam-se de várias partes das cidades, das áreas urbanas e rurais, das classes mais abastadas às mais humildes, de pessoas de origem africana, afro-brasileira, européia e brasileira, inserindo-se em vários setores e exercendo várias atividades de trabalho, profissões e ofícios. Alguns exemplos que fundamentam essa constatação: Manduca da Praia, empresário do comércio do ramo da peixaria, Ciríaco, um lutador e marinheiro (CAPOEIRA, 1998, p. 48); José Basson de Miranda Osório, chefe de polícia e conselheiro (REGO, 1968); mais recentemente, Pedro Porreta, peixeiro, Pedro Mineiro, marítimo, Daniel Coutinho, engraxate e trabalhador na estiva; Três Pedaços, que trabalhava como carregador (PIRES, 2004, p. 57, 61, 47 e 73); Samuel Querido de Deus, pescador, Maré, estivador e Aberrê, militar com o posto de
capitão (CARNEIRO, 1977, p. 7 e 14).
Todos eram capoeiristas.
http://www.grupomel.ufba.br/textos/download/monografias/capoeira_trabalho_e_educacao.pdf

jueves, 14 de enero de 2010


Madison Square Santista - Boxe " A TRIBUNA 1 DE MAIO 1930

domingo, 10 de enero de 2010

RAÍZES HISTÓRICAS DA GINÁSTICA EM JOINVILLE

Nota del pesquisador:Le Petit Journal. Los Apaches sao os Capòeiras Franceses .
http://fr.wikipedia.org/wiki/Apaches_(Paris)
Un código de la elegancia de apache lo distingue de la bodega de su mejor atuendo Domingo: gorra con tres puentes, botas de bengalas, bufandas de seda y adornado, chaqueta con cinturón, correa grande y puntiaguda.
http://www.cequilfautdetruire.org/spip.php?article1170
RAÍZES HISTÓRICAS DA GINÁSTICA EM JOINVILLE
por
MARCIA DE SOUZA PEDROSO AGUSTINI
___________________________
Dissertação Apresentada à Coordenadoria de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em Educação Física Florianópolis, SC
2002

Em Julho de 1841 a Câmara de Deputados aprovou um empréstimo de 64 contos de réis para apoiar o início do projeto. Em Janeiro do ano seguinte desembarcaram os primeiros franceses que ali se estabeleceriam. Porém, algum tempo depois, algumas divergências internas da colônia, levaram a um desmembramento do grupo, originando outra colônia, a do Palmital. (CHACON,
1981) Ambas as colônias, tal como os outros imigrantes perceberiam depois, tiveram que se confrontar com um ambiente difícil em meio a mata atlântica e com pouco apoio imperial, condições ainda mais difíceis para estes imigrantes 15 provenientes da vida urbana francesa, operários e artistas que não tinham um preparo para os desafios com os quais se defrontavam.
Em 1844, quando Mure abandona a Colônia do Saí, afirma ter trazido ao país, 500 operários franceses que se espalharam pela costa sul, especialmente nos estados de Santa Catarina e Paraná. Com isso é provável que tenham se difundido idéias de reforma social que influenciaram não só na proclamação da república, como na libertação dos escravos. (CHACON, 1981)
..............................Marinho (1983:95) cita:
Grandes tendências da Educação Física que vão ser dominantes em diferentes períodos e que ao final de várias décadas, mostra um cenário de conflitos de influências. O método francês de Joinville Le Pont vigente por 25 anos, tinha obtido grande assimilação no Brasil, incorporando-se à cultura nacional. A calistenia dominou a Marinha, as Associações Cristã de Moços (ACMs) e os colégios de linha americana, sendo também aceita pela Escola de Educação Física do Exército. A Ginástica acrobática foi desenvolvida pela Aeronáutica, Exército e forças auxiliares. A ginástica sueca e o método Educação Física Desportiva Generalizada foram empregadas nas escolas especializadas e a ginástica feminina moderna já apresentava-se como base da Educação Física Feminina em boa parte do país.
http://www.tede.ufsc.br/teses/PGEF0082.pdf

sábado, 9 de enero de 2010

Exército era treinado por instrutores belgas baseados em manuais franceses

foto: Soldados do Exército Brasileiro que atuaram no ataque contra Canudos.
A versão oficial de toda guerra, que passa para os livros de história como o entendimento real e "verdadeiro" de um fato, é sempre aquela apresentada e analisada pela parte vencedora do conflito, sem que jamais os derrotados possam expor suas opiniões. A chamada Guerra de Canudos, Revolução de Canudos ou Insurreição de Canudos foi na verdade, assim como a Guerra do Paraguai (1865-1870), um massacre promovido pelo Exército Brasileiro.

O Exército era treinado por instrutores belgas baseados em manuais franceses. Os peças de artilharia atolavam na areia fina do sertão, e a roupa vermelha dos oficiais, em contraste com o árido cenário nordestino, tornava-os alvos fáceis para os combatentes de Canudos.

O jornal ‘O Estado de São Paulo’ enviou o escritor Euclides da Cunha para cobrir o massacre de Canudos em 1897. As reportagens deram origem ao clássico da literatura brasileira ‘Os Sertões’, publicado 5 anos depois do fim do massacre, em 1902.

viernes, 8 de enero de 2010

Os Bestializados

gravura: http://web.tiscalinet.it/canneitaliana/italo.htm
BESTIALIZADOS OU BILONTRAS?
José Murilo de Carvalho
(do Livro “Os Bestializados – O Rio de Janeiro e a República que não foi”, Cia das Letras, págs. 140-164, ano 2001)

Mas as formas de entrosamento da ordem com a de­sordem iam além do simples uso de capoeiras em elei­ções. Capoeiras e capangas eram tradicionalmente usa dos também por políticos e poderosos em geral como instrumentos de justiça privada. Muitos capoeiras inte­graram a Guarda Negra que dispersava comícios repu­blicanos. A própria polícia fazia uso deles como agentes provocadores ou informantes. O conúbio ia além da po­lítica. Diferentemente do que se pensa, por exemplo, en­tre os capoeiras havia muitos brancos e até mesmo es­trangeiros. Em abril de 1890, ainda em plena campanha de Sampaio Ferraz, foram presas 28 pessoas sob a acusação de capoeiragem. Destas, apenas cinco eram pretas. Havia dez brancos, dos quais sete estrangeiros, inclusive um chileno e um francês. Era comum apa­recerem portugueses e italianos entre os presos por capoeiragem. E não só brancos pobres se envolviam. A fina flor da elite da época também o fazia. Neste mesmo mês de abril de 1890 foi preso como capoeira José Elísio dos Reis, filho do conde de Matosinhos, uma das mais importantes personalidades da colônia portuguesa, e irmão do visconde de Matosinhos, proprietário do jor­nal O Paiz. Como é sabido, a prisão quase gerou uma crise ministerial, pois o redator do jornal era Quintino Bocaiú­va, ministro e um dos principais propagandistas da Re­pública. Outro caso famoso foi o de Alfredo Moreira, filho do barão de Penedo, embaixador quase vitalício do Brasil em Londres, onde privava do convívio dos Roths­child. Segundo o embaixador francês no Rio, Alfredo era "um dos chefes ocultos dos capoeiras e cabeça co­nhecido de todos os tumultos". O representante inglês in­formava em 1886 que José Elísio e Alfredo Moreira eram vistos diariamente na rua do Ouvidor, a Carnaby Street doo Rio, em conversas com a jeunesse dorée da cidade. (21)
http://www.cefetsp.br/edu/eso/lourdes/bestializados.html

martes, 5 de enero de 2010

FATO: 1865-Soldados Franceses( Ramollots de campaña de Crimea e Italia) en la Guerra do Paraguai,




FUENTE DEL ARTÍCULO: Revista Illustrada Ano 4 - 1879 - Nº 159


Deixemos porém o Sr. Dr. Mello Moraes Filho com o seu cavallo de Appiani e sem apontar uma só falha de desenho que diz ter descoberto na Batalha de Avahy, porque se Pedro Americo copiou do mestre francez, deu-nos todavia um quadro, em que ha rectidão de desenho, verdade de expressão e naturalidade das figuras relativamente ao assumpto principal. Duas grandes bellezas da Batalha de Avahy são o quarto e o quinto planos em que o artista mostrou conhecimento do nú, o que não ha na Batalha de Montebello.Eu poderia citar ainda muitas bellezas que elle espalhou na sua grande téla e que não foram inspiradas por Gustavo Doré; reconheço porém que ha pontos de contacto entre os dois quadros, discutiveis embora, depois de um exame calmo e minucioso.
Tão ou mais discutiveis como as semelhanças que se notam entre a Missa na Kabylia, de Horacio Vernet, e a Primeira Missa no Brazil, do Sr. Victor Meirelles, apezar dos differenças apontadas pelo Sr. Carlos de Laet: que o altar do pintor francez tem quatro degraus, e o do Sr. Victor tem apenas dois; que ha zuavos francezes n’uma téla, e selvagens americanos n’outra, que um dos celebrantes eleve a hostial outro eleva o calix...


lunes, 4 de enero de 2010

GRAVADO:Revista Illustrada Ano 3 13 de Julho de 1878 Nº120 (chins)
“Essa fazenda foi do capitão Simão Dias dos Reis1, um dos mais inteligentes lavradores do município de Paraíba do Sul. Tinha ótimas instalações e máquinas de sua invenção, além de outros melhoramentos introduzidos na cultura da terra.
O capitão Simão Dias dos Reis era filho da província de Minas e aparentado do Tiradentes. Sem nunca ter frequentado qualquer curso, era homem de verdadeira ilustração, tendo-se feito por si, em seu gabinete. Foi sempre considerado o pai de seus escravos. Nunca deixou de concorrer para obras de caridade e servir a seu país, quer nos cargos de eleição popular, quer nos de nomeação do governo, como veremos já. Celebrizou-se em toda a zona por ocasião da construção da Estrada de Ferro Pedro II, pois, quando chegaram as obras, em 1867, a Entre-Rios, originaram-se ali grandes desordens, que terminaram em morticínios. Nessa época era o capitão Simão Dias delegado de polícia e resolveu acabar com as arruaças, provocadas quase sempre por uns “portuguesinhos” de Serraria. Esses se uniam a pretos capoeiras e divertiam-se provocando para briga os trabalhadores da estrada, fato que repercutia em jornais da Corte. Com boas maneiras, procurou o delegado a resolver a situação, o que não conseguiu. então de boa escolta seguiu para Entre- Rios e deu ordem de não ser permitida a entrada dos desordeiros na povoação, mas eles não se intimidaram e tentaram passar pelos soldados. Diante disso o delegado deu ordem de fogo e cinco malfeitores caíram mortos, cessando dessa data em diante todas as ocorrências de polícia em Entre-Rios.

1 Foi desse fazendeiro uma das mais argutas observações sobre a incapacidade dos libertos de se autodeterminarem, dada a dependência total dos brancos que viviam, caso a Abolição ocorresse abruptamente, como ocorreu e ele não viu, pois faleceu dois anos antes do descalabro da lavoura e nascimento das favelas. Foi a conclusão lógica a que chegou, ao observar o que ocorrera a seus escravos quando das manumissões reportadas adiante. Não há em nossa vida pública outro de tanta lucidez.
2 Texto original de Pedro Gomes da Silva, extraído do livro Capítulos de história de Paraíba do Sul. 1ª ed. Paraíba do Sul / Rio de Janeiro: Irmandade Nossa Senhora da Piedade, 1991, pp.182-183.

http://www.institutocidadeviva.org.br/inventarios/sistema/wp-content/uploads/2009/11/15_faz_da_reforma.pdf

sábado, 2 de enero de 2010

FUENTE DIBUJO: (1890)http://eu-bras.blogspot.com/2009/09/1872-cafe-central-lisboa-capoeira-y.html


CRIMINOSOS, BOÉMIOS, PROSTITUTAS E OUTROS MARGINAIS
O Mundo da Transgressão Social (Portugal)


Dois tipos de frequentadores de tascas e outros estabelecimentos do género, certamente reconhecidos em muitos dos bordéis da cidade, que podiam ter diversa origem social, eram o
"marialva" e o "fadista da navalha". O primeiro era o exemplo do "brigão, audacioso mas provocante, que apenas pelo luxo de ser fallado, sem causa a justificar-lhe o acto, armava horrível contenda, onde o box e a canna da india eram, por vezes, valiosos auxilios de triumpho; batia e levava com a maior frescata, antegozando uma notoriedade de valente e destemido, o prazer infinito de ser contado entre os verdadeiros bravos, que, da sua bravura, só davam provas em casos de brio e honra" ( Cabral: 1912, 39 ); o segundo era um tipo ainda mais perigoso, verdadeiro meliante, que ganhava fama com os seus feitos audaciosos nas noites da marginalidade lisboeta, misto de fadista e faquista .Amava o fado porque lhe contava a crónica, porque lhe consagrava a navalha e o crime. Era o ratoneiro que se escondia nas vielas, que de
noite saía em busca do roubo e que não desprezava arrancar da navalhinha e metêla nas tripas de um cristão....................
O mundo do fado era pródigo nestas figuras, combinação explosiva de audácia e fanfarronice; cerca de 1860, segundo Pinto de Carvalho,


FUENTE:


CRIMINOSOS, BOÉMIOS, PROSTITUTAS E OUTROS MARGINAIS O Mundo da ... -
Formato de archivo: PDF/Adobe Acrobat - Vista rápida "marialva" e o "fadista da navalha". O primeiro era o exemplo do "brigão, ... armava horrível contenda, onde o box e a canna da india eram, por vezes,

http://educar.files.wordpress.com/2007/07/boemia.pdf
FOTO:Zuavos franceses entrenando boxeo.


Em 1854, o Império Francês já possuía quatro Regimentos de Zuavos, sendo um da Guarda Imperial de Napoleão III, que se distinguia pelo turbante branco, em lugar da chechia vermelha. O Papa também contou com cavalheiros Zuavos Pontifícios, que lutaram em Castelfidardo, em 1860, e em Mentana, em 1867, contra Garibaldi.
A razão alegada para a recriação no Brasil da tradição zuava, se explica por Paulo de Queiroz Duarte, pelo fato de na Guerra da Criméia, no dia 8 de novembro de 1855, data da tomada da Torre de Malakof, ter morrido combatendo à frente de sua companhia, um brasileiro, o tenente do 1º Regimento de Zuavos, Eduardo de Villeneuve. De origem francesa, nasceu no Rio de Janeiro, sendo irmão do Conde de Villeneuve, que foi Ministro Plenipotenciário do Império do Brasil na Bélgica. Paulo de Queiroz Duarte cita também a presença de Zuavos na Guerra de Secessão nos Estados Unidos, nos anos de 1861 a 1865. http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=176
DIBUJO: Le Petit Journal - supplément illustré, 07 juillet 1907
-FUENTE DEL RECORTE DE LA TÉXIS.


77) Correspondencia entre a Legaçao Imperial e a Préfecture de Police ,fe. 1875. Archives Préfec. París .Série DB 4

Tese de Doutorade



Polícia, policiamento e o policial na província de São Paulo, no final do Império: a instituição, prática cotidiana e cultura.
Autor
Rosemberg, Andre
E-mail
andrerosemberg@usp.br
Unidade
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)
Área de concentração
História Social
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-01082008-114247/