A natureza africana na obra de Giovanni António Cavazzi
- Um discurso sobre o homem, Carlos Almeida, Instituto de Investigação Científica Tropical.
É conhecido, no caso da região em apreço, o exemplo de Michelangelo Guattini, um missionário capuchinho que chegou ao Kongo em 1668, e que manteve relações com o botânico bolonhês Giacomo Zanoni. No decurso da sua viagem para o Kongo, Guattini enviou de Pernambuco, no Brasil, um baú que, entre várias “curiosità”, continha amostras da flora americana escolhidas com a preocupação de incluir “solo quali mi ha parso non aver mai veduto in Italia”, e dirigidas a Zanoni. Com estes e outros fornecimentos de plantas e sementes provenientes de África e também do Oriente, o botânico bolonhês estaria, à época, a preparar o seu segundo livro, tarefa para a qual Guattini lhe endereçou, na mesma ocasião, os melhores auspícios4. Todavia, entre todas as obras produzidas pelos missionários capuchinhos sobre a missão no reino do Kongo, avulta, sem dúvida, a Istorica descrizione de’ tre’ Regni Congo, Matamba, et Angola..., da autoria de Giovanni Antonio Cavazzi da Montecuccolo (gravura), editada, pela primeira vez, em Bolonha, em 1687 5. A sua rápida difusão, as edições subsequentes e a sua tradução para outras línguas, são testemunho, não apenas da receptividade da obra, mas sobretudo, da perenidade do conhecimento nela reunido 6.
http://cvc.instituto-camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/carlos_almeide.pdf
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