Novellas do Minho, O cego de Landim
(PAG 137)Pinto Monteiro........... Acercara de si toda a vadiagem suspeita, os ratoneiros já marcados com o stigma da sentença, os mysteriosos, famintos sem occupação, negros e brancos, não topados ao acaso, mas inscriptos nos registros da policia, e afuroados pela sagacidade de Amaro Fayal. Tinha lido as Memorias de Vidocq, —o celebrado chefe de policia de Paris. Encantara-o a equidade do governo que elevara Vidocq, o ladrão famoso, áquella magistratura: por que elle, por espaço de vinte annos, exercitara o latrocínio e grangeara nas galés os amigos que depois entregava á grilheta.
(PAG 140)
O chefe de policia foi explicar ao seu ministro que os discursos de Pinto Monteiro eram boízes armadas a pássaros bisnáos de mais alta volateria. O conflicto remediou-se prescindindo o espião da oratória, e attendendo somente a seguir o rastilho das revoluções urdidas no Rio, para rebentarem nas províncias.
(PAG 143)
d'estes, mais penetrantes, incutiram no phalansterio a suspeita de que o chefe tivesse intelligencias com a policia. Um mulato de grandes brios, notável capoeira, e muito summario nos processos d'aquella espécie, fez lampejar o aço da sua faca e declarou que ia anavalhar o redenho do cego. Quando esta scena tumultuaria se passava na taverna do João Valverde, na rua do Catête, Pinto Monteiro e Amaro Fayal já estavam a bordo da galera Tentadora, que velejava para o Porto.
Fuente: OBRAS DE CAMILLO CASTELLO BRANCO EDIÇÃO POPULAR NOVELLAS DO MINHO, SEGUNDA EDIÇÃO, LISBOA, Parceria ANTÓNIO MARIA PEREIRA, LIVRARIA EDITORA, Rua Augusta, So, 52 e 54, 1903
jueves, 20 de enero de 2011
1797-Vidocq descubre el Savate en la Prisión de Brest
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