viernes, 11 de septiembre de 2009

Danzas Afro-portuguesas-españolas

Dibujo:Danza Lundú
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Os mulatos, gente indócil, e rixenta, podiam ser contidos a intervalos por atos de prepotência, mas reassumiam logo a rebeldia originária. Suas festas, menos cordiais que as dos negros, não raro terminavam em desaguisados; dentre eles saíam os assassinos e os capangas profissionais
............. Toda a população parecia de língua atada, informa ainda Luccock; não havia brinquedo de meninada, vivacidade de rapazes, gritaria ruidosa de gente mais entrada em anos. “O primeiro grito geral que ouvi no Rio foi no aniversário da rainha em 1810. Seguiuse a um fogo queimado nesta ocasião e foi um viva abafado, não frio, porém tímido; parecia perguntar se podia ser repetido”.
......... “Os principais divertimentos dos pracianos (citizens) são as festas dos diferentes santos, profissões de freiras, funerais suntuosos, a semana santa, etc., celebrados rotativamente, com grandes cerimônias, músicas e procissões freqüentes, informa este viajante. Mal passa um dia em que não ocorra uma ou outra destas festas, e assim se apresenta um círculo de oportunidade para unir a devoção e o prazer, que é vivamente abraçado, em particular pela mulher.
“Em grandes ocasiões destas, depois de virem da igreja, visitam-se uns a outros e saboreiam um jantar mais farto que de costume, durante e passado o qual bebem quantidades desmedidas de vinho. Quando alcançam uma temperatura extraordinária introduz-se o violino ou a guitarra, começa o canto, logo seguido da excitante dança negra, mistura de danças da África e dos fandangos de Espanha e Portugal, que consiste em um indivíduo de cada sexo dançar ao toque monótono do instrumento, sempre no mesmo compasso, quase sem mover as pernas, mas com todos os movimentos licenciosos do corpo, juntado-se durante a dança em contacto estranhamente imodesto. Os espectadores, acompanhando a música de um coro improvisado e dando palmas, saboreiam a cena com um gozo indescritível”.

http://www.cchla.ufpb.br/pergaminho/1907_capitulos_-_capistrano.pdf

1 comentario:

  1. PORTUGAL:
    1806
    A 12 de Janeiro de 1806, José teve como padrinho o mesmo José Inácio, solteiro, escravo de António Palmer Mainard e “tocou com Procuração por elle Luís Nunes”, todos moradores em Porto de Rei. No casamento efectuado a 19 de Outubro de 1806, refere-se José Inácio, solteiro, escravo de António Palmer Mainard. Nessa altura anotou o Prior José Xavier da Costa (sic) “ Declaro que pella
    testemunha José Ignacio acestio Giraldo Rodrigues cazado morador em Porto de rei, e he Oficial de Carros” Comentário – Apesar de a escravatura ter sido oficialmente abolida por
    Alvará publicado a 7 de Setembro de 1761, no governo do Marquês de Pombal, verificamos que em São Romão do Sado, essa prática, num registo
    documental, mais camuflada, ainda perdurava nos inícios do século XIX.
    NETO (1985) Escravos de S. Romão após a Lei Abolicionista de Pombal,p. 1236

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