sábado, 12 de septiembre de 2009

Memórias de um sargento de milícias- Chico Juca ,um valentão que batia por dinheiro,

Dibujo blanco y negro: Capoeira: a history of an Afro-Brazilian martial art Escrito por Matthias Röhrig Assunção.http://books.google.com/books?id=C5C7VP0ollYC&printsec=frontcover&hl=es&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false


Memórias de um sargento de milícias
Manuel Antônio de AlmeidaTomo ICapítulo XV
Estralada
................O Chico-Juca era um pardo, alto, corpulento, de olhos avermelhados, longa barba, cabelo cortado rente; trajava sempre jaqueta branca, calça muito larga nas pernas, chinelas pretas e um chapelinho branco muito à banda; ordinariamente era afável, gracejador, cheio de ditérios e chalaças; porém nas ocasiões de sarilho, como ele chamava, era quase feroz. Como outros têm o vício da embriaguez, outros o do jogo, outros o do deboche, ele tinha o vício da valentia; mesmo quando ninguém lhe pagava, bastava que lhe desse na cabeça, armava brigas, e só depois que dava pancadas a fartar é que ficava satisfeito; com isso muito lucrava: não havia taverneiro que lhe não fiasse e não o tratasse muito bem.

..............Deixando o Chico-Juca, o Leonardo foi procurar o Vidigal, e deu-lhe parte do que naquela noite havia em casa da cigana, e afiançou-lhe que a coisa acabava por força em desordem. Portanto cumpria que o Sr. major por lá aparecesse para o que desse e viesse.
...............................Mal tinha pronunciado estas palavras quando o Chico-Juca, arrancando-lhe a viola da mão, bateu-lhe com ela em cheio sobre a cabeça; o rapaz reagiu, e começou a confusão.
O Chico-Juca foi acometido por um pouco; porém ligeiro e destemido, distribuía a cada qual o seu quinhão de cabeçadas e pontapés: algumas mulheres meteram-se na briga, e davam e levavam como qualquer; outras porém desfaziam-se em algazarra. De repente o Chico-Juca embarafustou pela porta fora, e desapareceu.
Era tempo, porque não se tinha passado muito tempo quando assomou na porta, que ele deixara aberta, a figura tranqüila do Vidigal, rodeada por uma porção de granadeiros. O Chico-Juca tinha-lhes escapado, apesar de o terem visto quando saía, porque o major, sendo nessa ocasião poucos os soldados, não quis mandar segui-lo com medo que lhe faltasse gente, pois via que dentro da casa o negócio estava feio. Entrou, pois, deixando-o passar.
http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/01371307655691685220035/p0000001.htm?marca=FADO%20#167

Carlos Eugénio Líbano Soares
Enquanto a capoeira era limitada pela condição escrava na primeira metade do século xix, o uso da navalha era tão comum como estoques,pedras ou qualquer outro instrumento de agressão. O símbolo da capoeira, e que funcionava como sinal da habilidade típica, era a cabeçada, descrita por algumas autoridades como a «principal arma do capoeira»28.
28 Códice 324, vol. 1, fl. 19, 22-1-1829, AN.

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